Se a criança estiver sofrendo algum tipo de agressão, ela enviará sinais.
Ignorar o fato, não contribui em nada nem para aqueles que foram envolvidos nem para toda a sociedade que deveria estar atenta a isso e na maioria das vezes, não está.
Diariamente, crianças e adolescentes são expostos à violência sexual. Até abril de 2019, o Disque 100 recebeu mais de 4 mil denúncias de abuso infantil em todo o Brasil, mas sabemos que esses dados não estão nem perto da realidade, uma vez que ainda é difícil ter estatísticas que realmente abranjam o problema de forma real, pois infelizmente, por inúmeros fatores como falta de informação, preconceito e vergonha, as situações, pessoas e famílias permanecem em silêncio.
Segundo o estudo da Rainn, a maior organização social contra a violência sexual dos Estados Unidos, 93% dos casos acontecem quando o agressor é próximo e tem “poder” sobre a vítima, como pais, primos, tios, avôs, vizinhos e professores e com certeza, “fingir que não vê”, não vem resolvendo o problema.
Conforme a nossa Lei brasileira, a Comissão de Seguridade Social e Família aprovou, no dia 18 de abril de 2018, o Projeto de Lei 1776/15, que inclui todos os crimes de pedofilia na Lei dos Crimes Hediondos (8.072/90). São crimes:
- praticar ato sexual na presença de menor de 14 anos a fim de satisfazer o próprio desejo ou de outra pessoa;
- produzir, vender, publicar, adquirir ou armazenar material pornográfico envolvendo criança ou adolescente;
- e ainda assediar criança a fim de praticar ato libidinoso com ela.
Se a criança estiver sofrendo algum tipo de agressão, ela enviará sinais através de mudanças de comportamento, que deve ser analisados não isoladamente, mas em conjunto com o ambiente e todas as questões que envolvem a criança. Alguns sinais podem ser:
Entretanto, uma dúvida por surgir: Falar ou não falar sobre Pedofilia com as crianças?
Esperamos que o trabalho contra a pedofilia, de fato seja preventivo, mas a partir do momento em que houve o assédio é preciso lidar com o fato.
Ignorar o fato, não contribui em nada nem para aqueles que foram envolvidos nem para toda a sociedade que deveria estar atenta a isso e na maioria das vezes, não está.
Você que é responsável por uma criança, também se torna automaticamente responsável pela construção de sua identidade, de sua segurança e autonomia, pelo cuidado com seu bem estar e desenvolvimento.
Caso a agressão tenha ocorrido, a denúncia se torna imprescindível e pode ser feita de forma sigilosa através do Disque 100, e em outros órgãos. Feito a denúncia, é necessário buscar ajuda. A criança se beneficiará de um psicólogo que a ajudará a superar o trauma. Pais e responsáveis também podem se beneficiar da psicoterapia e também de grupos de apoio com outros responsáveis que passaram por situações semelhantes.
Paralelo à denúncia de quem cometeu a pedofilia, o foco precisa ser na reestruturação do bem estar da criança.
Traumas podem ser superados, se forem cuidados por profissionais especializados, entretanto, para se tratar é preciso saber se algo está acontecendo e quando falamos de crianças, a responsabilidade em tratar é de quem responde por elas.
A psicóloga Marilia Frost atende no Instituto Urbano pelos telefones (44) 3522 4191 ou 92000-4591
Acompanhe as coluna do Instituto Urbano com matérias de todos os profissionais: https://tribunadaregiao.com.br/colunas/colunista/instituto-urbano