Segundo a constituição de 1988, artigo 196, “a saúde é um direito de todos e dever do estado”.
Grande novidade! Quem não sabe disso?
Outra coisa também que não é novidade há muito tempo é que atualmente o investimento em saúde no país tem caído bastante. Não bastasse isso, temos ainda os famigerados desvios de dinheiro feitos por políticos corruptos.
As consequências?
Hospitais lotados, “filas de espera para procedimentos duram meses, partos são realizados em salas de espera de hospitais, pacientes graves morrem por falta de atendimento. São inúmeros casos aparecem na mídia todos os dias. Pessoas que se tivessem tido um atendimento digno como lhes é de direito, poderiam estar vivas”.
Aqui em Goioerê não tem sido muito diferente… Pelo menos em relação a alguns atendimentos e às humilhantes filas de espera que às vezes não dão em nada.
Em 2015 houve um projeto do vereador Patrik Peloi, aprovado pela Câmara, que permite que o agendamento das consultas seja feito por telefone, mas… pelo que indica a foto abaixo, postada no face, e as veementes reclamações de usuários abaixo dela… sei não! Parece que deu em nada…
E aí… quem se pronuncia, que possa resolver esse problema? A Prefeitura? O Posto de Saúde, diretamente? Mais investidas e cobranças da Câmara? “Panelaços” e manifestações da comunidade? (Hummm!!! Não… quem costuma fazer isso não usa o SUS…) Quem?
Não é problema novo… Em 24 de abril de MIL NOVECENTOS E OITENTA E NOVE, motivada por casos parecidos, fiz a “pseudo-poesia” abaixo, neste mesmo jornal, no tempo em que era só “de papel” e eu escrevia outra coluna chamada Minha Caneta e Eu! Só troquei o “INPS” da época por “SUS” (mudam os atores, mas a peça continua a mesma…)
Republico-a com a esperança de tocar o coração de quem tem o poder de fazer alguma coisa…
Os idosos do Brasil
Já curvado pelos anos,
lá vai indo o bom velhinho… Pra praça? pros seus passeios? Não! Ele caminha, sozinho, com a cabeça já sem planos, Carregando seus receios…
É madrugada. Ele corre, pois uma fila o espera. O velho SUS… uma agência Não quer saber do “distinto”, se ele está morre-não-morre,
ou se tem só uma gripinha… Por isso o velhinho corre. Já sabia que, se atrasar, ficará sem o papel Sem aquela folhazinha
de papel, tão “importante”, não poderá ter consulta. |
Pois é… após tanta luta que teve, pra trabalhar, chega ao final da vida sem ninguém valorizar… E vai pra fila, cansado, com o sono tão atrasado! Chega lá, então se senta, Porque é longa a espera. Quando a lua, enfim., se ausenta e o sol se põe e brilhar, o movimento aumenta, agora que a fila andou? Companheiro impaciente! Olhasse com mais cuidado, e veria que o coitado Na fila, sem um adeus, Foi encontrar-se com Deus! |
Enfim, gente… mais uma vez, e como sempre, a…