Ao invés de tentar “se livrar” a todo custo de seus sintomas, que tal darmos voz a eles?
Dores no corpo, na cabeça, mal-estar, palpitações, enjoo, insônia, entre tantos sintomas que as vezes sentimos no dia a dia. Quantos dos desconfortos físicos não estão ligados aos nossos pensamentos, medos, angústias, mágoas e tristeza? O corpo e a mente formam um todo. Você não é só “psicológico” ou só “fisiológico”, se é que é possível fazer alguma separação entre ambos.
Por isso, sempre há sinais que indicam questões emocionais em nosso corpo. Isso é perfeitamente lógico quando levamos em consideração que o cérebro é o eixo do funcionamento do corpo humano, onde todo o corpo está inervado e, portanto, se comunica com o cérebro.
A interação mente-corpo é uma via de mão dupla. Não só os fatores psicológicos podem contribuir para o início ou o agravamento de vários distúrbios físicos, como as doenças orgânicas também podem afetar a forma de pensar ou o estado de ânimo.
Como diria Ribeiro (1995), todo o sintoma é uma tentativa desesperada do corpo de encontrar o equilíbrio. Ao invés de tentar “se livrar” a todo custo de seus sintomas, que tal darmos voz a eles? O que será que eles nos diriam de pudessem nos passar um recado?