Quase 12 anos depois o Tribunal do Júri da Comarca de Goioerê estará reunido nesta sexta-feira, dia 7, para apreciar o processo que acusa Elizabete Santos Milani, na época empresária, conhecida como “Bete”, acusada do envolvimento em uma emboscada na qual o alvo seria o seu ex-marido o funcionário da Copel, Gilmar Milani.
Na época o crime teve grande repercussão em Goioerê onde o casal eram muito conhecido e desfrutava de um vasto relacionamento na sociedade.
MILANI, PRIMEIRO A SER OUVIDO. A sessão do júri teve início às 09:00 horas. Após os integrantes do corpo de jurados lerem os autos do processo, o primeiro a ser ouvido foi Gilmar Milani, na época dos fatos, esposo de Elizabete. O casal estava em processo de separação.
Gilmar Milani relatou o desenrolar da emboscada a que foi vítima e os detalhes que envolveu a separação do casal. Durante as indagações, o Juiz Christian Palharin se ateve nos mínimos detalhes nos autos do processo, levando inclusive a ré Elizabete a chorar em alguns momentos do depoimento de Gilmar.
Um detalhe que chamou a atenção foi o fato de Gilmar relatar que desde a ocorrência dos fatos, até nos dias de hoje, ele paga pensão para a ex-esposa mesmo sem ser obrigado, mas pelo relacionamento que sempre teve com ela até o início do processo de separação, que segundo Gilmar, teria sido provocado por ele próprio ao engravidar uma jovem, o que segundo ele, motivou a separação do casal quando o próprio Gilmar saiu de casa.
Tanto o promotor Dr. Gabriel Thomaz, como os advogados de defesa, José Paulo de Lima e Silvia Adriana Ferraz Barbosa, fizeram diversas perguntas a Gilmar Milani à cerca da tentativa de homicídio que foi vítima.
TELEFONE. Na época o delegado Dr. Edson da Rosa comandou intensas investigações, determinando inclusive a realização de perícia no telefone de Elizabete. No período em que antecedeu e após o crime, foram feitas e recebidas diversas chamadas no telefone de “Bete”, inclusive momentos antes do crime, ela recebeu uma ligação.
O veículo utilizado pelo autor, conforme o inquérito apurou teria sido um Corcel II, conduzido por Rogério Fernandes de Oliveira. Diversas testemunhas foram ouvidas na Delegacia de Goioerê.
São inúmeras as evidências contidas no processo que apontam para “Bete” como envolvida no crime, que foi um dos mais rumorosos registrados em Goioerê na década passada, mais exatamente no dia 9 de outubro de 2007.
Elizabete, que na época era proprietária da loja de confecções Skinas Modas, no Calçadão da Francisco Scarpari, continua residindo em Goioerê. Enquanto que Gilmar Milani reside em Curitiba.
O julgamento teve início às 9:00 horas. A defesa esta sendo feita pelos advogados José Aparecido Lima e Silvia Adriana Ferrari Barbosa. A acusação esta a cargo do Promotor Gabriel Thomas da Silva. O júri esta sendo presidido pelo juiz Christian Palharin, da Vara Criminal.
O julgamento de Rogério Fernandes de Oliveira, o outro acusado, será realizado posteriormente.
VÍTIMA DE EMBOSCADA. Desde o início dos fatos, a linha de investigação da Polícia era de que Gilmar teria sido vítima de uma emboscada arquitetada com a participação da ex-esposa, Elizabete Milani, com ajuda de Rogério.