Acusado de matar a facadas Ricardo Danilo Casarotti e da tentativa de homicídio de Maicon Willian Sega em 2013, em um baile de formatura, o trabalhador rural Bruno Terra Gasques, 23 anos, esta sendo levado a júri popular em Campo Mourão. A acusação sustenta que o crime teve motivação fútil enquanto a defesa que o réu agiu em legítima defesa.
O júri teve inicio 9:00 horas e está sendo conduzido pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Fabrício Voltaré. O assassinato do estudante de Educação Física com 20 anos gerou comoção na cidade.
Maicon, que tinha 24 anos na época, de acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), cou em estado grave no hospital por 7 dias – dois dias na Unidade de Terapia Intensiva – devido a dez canivetadas, a maioria na região do tórax.
Nas alegações que constam dos autos do processo, o Ministério Público sustenta que o crime foi praticado por motivação fútil, já que a discussão no baile foi iniciada por causa de um litro de uísque e que houve “inequívoca intenção de matar”.
O MP requereu que Bruno e Vitor Santiago Ferreira, este segundo impronunciado pelo juizado por ausência de indícios na autoria do crime, respondessem em plenário no Tribunal do Júri por homicídio qualicado, com pena prevista de 12 a 30 anos de prisão, e tentativa de homicídio. Bruno reside no distrito de Malu, em Terra Boa e responde o processo em liberdade.
Segundo o advogado de defesa, Angelo Porcel Renon, Bruno agiu em legítima defesa e jamais teve a intenção de lesionar ou matar Ricardo. E, por isto, a sustentação da acusação de homicídio por motivação fútil é equivocada.
Ronon arma que Bruno foi agredido primeiramente e depois de ser derrubado, receber chutes de um grupo de agressores, desferiu golpes de canivete a esmo. “O ocorrido foi uma infelicidade, uma briga”- armou.
O advogado disse que não é possível precisar o que originou a discussão que terminou em briga e morte, se foi por causa de bebida, com relata a acusação, ou outro motivo.
FAMÍLIA. Ricardo foi morto no baile de formatura da irmã Aline de Cássia Casarotti, que se formou no Colégio Agrícola Estadual de Campo Mourão. E o julgamento hoje quinta-feira, 7, ocorre no dia da cerimônia de colação de grau dela em Medicina Veterinária.
O pai do jovem, o servidor público municipal Roberto Casarotti, 55 anos, estava trabalhando há 3 meses na função de chefe da divisão de serviços funerários quando o corpo do filho foi sepultado no cemitério municipal. “Foi o dia mais triste da minha vida”- conta ele.
O jovem havia concluído a licenciatura em Educação Física e fez estágio na Escola Municipal Castro Alves, na Vila Guarujá. A quadra esportiva da instituição de ensino recebeu o nome dele. “O Ricardo era um menino maravilhoso, com 20 anos, amado por todos. Faz muita falta”, comentou.
Casarotti diz não encontrar mais a paz por chorar a perda do filho todos os dias porque a vida do jovem foi tirada estupidamente em um baile de formatura. “Não teve a chance de trabalhar, casar e ter filhos, de”viver a vida” – cita o pai Roberto Casarotti.