Agora é lei: o Paraná tem a menor alíquota de IPVA do país. O governador Ratinho Junior sancionou nesta terça-feira (23), em Curitiba, a lei nº 22.645/2025, que reduz a taxa de 3,5% para 1,9% sobre o valor venal de automóveis, motocicletas e caminhonetes.
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A medida beneficia cerca de 3,4 milhões de proprietários de veículos, que vão pagar 45% a menos no imposto a partir de 2026. Um carro de R$ 50 mil, por exemplo, que antes pagava R$ 1.750, terá cobrança de apenas R$ 950.
“Essa é a maior redução de IPVA do Brasil. É dinheiro que deixa de ir para o imposto e volta para o bolso das famílias, movimentando a economia nos municípios”, afirmou Ratinho Junior.
Impacto
Segundo a Secretaria da Fazenda, a mudança deve incentivar novos emplacamentos no Estado e a volta de veículos registrados em outros locais. Apenas nos 10 dias após o anúncio, os registros cresceram 11%, somando 11.807 novos veículos.
O secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, destacou que a redução não comprometerá as contas públicas. “Mais pessoas emplacando no Paraná garantem a manutenção da arrecadação e fortalecem a economia local”, explicou.
O diretor do Detran-PR, Santin Roveda, afirmou que a medida é um reconhecimento ao trabalhador, à classe média e aos setores produtivos. Já o presidente do Sindicovi-PR, Marcos Ramos, avaliou que a decisão deve trazer frotistas e empresas de volta ao Estado, fortalecendo concessionárias e a cadeia automotiva.
Detalhes da lei
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Frota tributada no Paraná: 4,1 milhões de veículos, sendo 83% beneficiados pela redução;
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Veículos contemplados: automóveis, motos acima de 170 cilindradas, caminhonetes, camionetas, utilitários, ciclomotores, motonetas, motorhomes, triciclos, quadriciclos e caminhões-tratores;
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Mantida a isenção para motos de até 170 cilindradas, aprovada em 2024;
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A lei aumenta a multa por atraso no pagamento do IPVA de 10% para 20%, para preservar o equilíbrio fiscal.
Ratinho Junior lembrou ainda que o Paraná já possui a maior cesta básica isenta de ICMS e a menor tributação para pequenos comerciantes do Simples Nacional. “É possível ter responsabilidade fiscal e, ao mesmo tempo, reduzir tributos”, destacou.


















