Os participantes do programa se dividiram em diferentes tipos de cidade, desde as menores, como a vila de Delia (com 1,31 km² e pouco mais de 200 habitantes) até as mais conhecidas, como Winnipeg — a capital e a maior cidade da província de Manitoba
Os intercambistas do programa Ganhando o Mundo já se sentem adaptados às suas novas rotinas no Canadá. No último dia 11, os 100 estudantes da rede estadual de ensino completaram um mês desde o desembarque no país, onde permanecerão até o fim do semestre letivo.
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Os participantes do programa se dividiram em diferentes tipos de cidade, desde as menores, como a vila de Delia (com 1,31 km² e pouco mais de 200 habitantes) até as mais conhecidas, como Winnipeg — a capital e a maior cidade da província de Manitoba.
É lá, em Winnipeg, onde está Gabriel Fogaça dos Santos. O aluno, do município paranaense de Rebouças, conta que já fez alguns passeios na nova cidade. “Meu primeiro mês aqui no Canadá foi incrível. Conheci alguns pontos turísticos da cidade, já fiz novas amizades, me adaptei bem”, diz o estudante, que está frequentando a escola Glenlawn Collegiate.
“A adaptação, para mim, foi muito fácil, com a escola, com a casa, com a família. A cada dia que passa é uma nova experiência”, completa.
Já na província de Terra Nova e Labrador, a estudante Eduarda Caroline Coutinho se habitua ao cotidiano do colégio Indian River High School. “Na escola, todos são muito legais, o que torna o lugar aconchegante. No meu primeiro dia de aula, parecia que eu estava vivendo em um filme. Foi uma realização”, diz a aluna, que é do município de Barracão. “Eu estava assustada antes de ir para a escola, porque seria uma coisa totalmente diferente, mas foi demais”.
Desde que chegou, Eduarda já fez amigos, assistiu a jogos de hóquei de gelo, esquiou e até conheceu outras cidades além de Springdale, onde está morando. “Este primeiro mês passou rápido, e agora a cidade já não é algo desconhecido. A língua já não é algo difícil. A saudade da família e de casa existe, mas tudo tem sido tão incrível”, conta.
Ágatha Eloísa Rigon Scapini, de Pranchita, também está na província de Terra Nova e Labrador, na vila de Gander (na ilha de Terra Nova), que tem cerca de 12 mil habitantes. A aluna diz estar fascinada com a vivência do intercâmbio.
“Antes de eu chegar no Canadá, eu ficava imaginando como seria aqui. Como seria a minha família, a minha rotina, a minha escola, a minha cidade. E agora que estou vivendo isso há mais de um mês, posso dizer que superou completamente todas as minhas expectativas — e olha que elas sempre foram altas”, brinca.
Após duas semanas iniciais sentindo um misto de deslumbramento e insegurança, Ágatha começou a se sentir mais integrada à cultura local e à escola Gander Collegiate, onde está estudando. “A minha escola, como fica numa cidade pequena, também é pequena, mas é uma ótima escola. As pessoas são maravilhosas, tanto os professores quanto os alunos. Eles estão me dando um suporte incrível desde o primeiro dia”, relata.
Para ela, a experiência do intercâmbio é transformadora e trará ainda muitas conquistas em seu futuro. “Se eu pudesse descrever meu intercâmbio com uma palavra, seria ‘mudança’. Estou me referindo à mudança que está acontecendo dentro de mim. A maturidade que eu estou criando, a minha opinião formada e a coragem de querer seguir ainda mais o meu sonho”, diz. “Pois, com tudo isso que estou vivendo, percebi que tudo o que a gente quiser, sonhar, acreditar, é possível. Vale a pena tentar”.
GANHANDO O MUNDO. O programa de intercâmbio internacional Ganhando o Mundo foi criado pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte para oferecer a estudantes do Ensino Médio uma formação em instituições de ensino estrangeiras que tenham curso equivalente ao Ensino Médio no Brasil. Os jovens foram selecionados com base em um ranking de melhores notas entre as escolas estaduais.
Os estudantes viajariam inicialmente em agosto de 2021, no entanto, ainda no primeiro semestre, tiveram a viagem adiada para o início deste ano por conta das medidas sanitárias impostas pela pandemia. Por conta disso, o destino mudou da Nova Zelândia para o Canadá.
Para aperfeiçoar o idioma, em 2021 os selecionados tiveram acesso a um curso de inglês via aplicativo, ofertado em parceria com as universidades estaduais vinculadas à Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Fonte e fotos: Agência de Notícias do Estado.