Um app desenvolvido por cientistas da University California San Diego pode detectar traços de TDAH e Alzheimer através de fotografias. Para isso, o infravermelho — que costuma ser utilizado nos smartphones para reconhecimento facial — identifica se a pupila de uma pessoa muda de tamanho ou não, a partir de uma técnica chamada pupilometria.
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O projeto da Universidade da Califórnia, em San Diego utiliza câmera com sensor infravermelho, presente nos celulares mais modernos, junto com a câmera de selfie convencional para analisar a pupila dos pacientes. Esse rastreamento pode ajudar a determinar as condições cognitivas de um paciente.
De acordo com os pesquisadores em um comunicado divulgado no último dia 29, o tamanho da pupila sofre alterações quando realizados determinadas atividades e algumas alterações podem ser observadas em pacientes com TDAH e Alzheimer. “Esperamos que isso abra as portas para novas explorações do uso de smartphones para detectar e monitorar possíveis problemas de saúde mais cedo”, disse Colin Barry. chefe do estudo, em comunicado.
Na ACM Computer Human Interaction Conference on Human Factors in Computing Systems (CHI 2022), que teve início no último sábado (30) e deve durar até a próxima quinta-feira (5), os pesquisadores explicaram que o tamanho da pupila pode fornecer informações sobre as funções neurológicas de uma pessoa.
No entanto, atualmente, esse teste requer equipamentos especializados e caros, tornando inviável a realização fora do laboratório ou clínica. A ideia do grupo, então, foi buscar uma solução mais econômica e acessível.
O aplicativo calcula o tamanho da pupila com precisão e captura a distância entre o smartphone e o usuário. As medidas do aplicativo foram comparáveis às obtidas por um dispositivo chamado pupilômetro, o mais utilizado para medir o tamanho da pupila. A interface inclui comandos de voz, instruções baseadas em imagens e uma luneta de plástico de baixo custo para direcionar o usuário a colocar seus olhos dentro do ângulo de visão da câmera do smartphone.
A ideia da equipe para pesquisas futuras é trabalhar com idosos que tenham um comprometimento cognitivo leve para testar o aplicativo como uma ferramenta de triagem de risco para a doença de Alzheimer em estágio inicial.
Fonte: Canaltech