Sobreviventes do acidente com ônibus do Coritiba Crocodiles contaram detalhes dos momentos que antecederam o tombamento na Serra das Araras, em Piraí (RJ), que resultou em três mortes. O veículo com a equipe paranaense saiu de Curitiba por volta das 20h30 de sexta-feira (20), com destino a capital fluminense, entretanto, a cerca de 100 km do destino, o ônibus sofreu um acidente na BR-116.
Ao todo, 43 pessoas estavam no ônibus, incluindo a comissão técnica e atletas do Coritiba Crocodiles. Conforme relatos de sobreviventes, a viagem estava sendo tranquila até a região da Serra das Araras. Entretanto, quando o ônibus iniciou a descida da região de curvas, os passageiros perceberam que havia algo errado.
“Em algum momento a gente viu que o ônibus começou a pegar mais embalo, descer mais rápido. Começamos a gritar para que se tivesse alguém sem cinto, para que colocasse. O motorista começou a buzinar para os outros veículos saírem, para sinalizar que tinha perdido o freio. Então ele tombou, aparentemente, para minimizar. A gente caiu de prancha e foi escorregando até o barranco”, contou o atleta Felipe Raul Dias.
O jogador Henrique Pucca, que viajava acompanhado do filho de 7 anos, também relatou os momentos que antecederam o acidente e a cena que encontrou após o tombamento. O atleta chegou a contar que pouco antes de iniciar a descida da Serra das Araras, ele estava no fundo do veículo com dois amigos que morreram.
“Foi tudo muito rápido, não conseguimos ver direito o que aconteceu. A gente caiu um por cima do outro, com ferimentos. Graças a Deus, comigo e com meu filho não aconteceu nada. O motorista contou para gente que perdeu o freio, que não conseguiu segurar. A manobra foi acertada, ele acabou jogando o ônibus no barranco, porque era uma serra. A gente poderia capotar na serra, poderia ser muito pior do que foi. Graças a Deus pelas vidas que estão aqui com a gente. Eu agradeço por ter vivido com esses três amigos que se foram”, declarou Pucca.
Fonte: RicMais