A Assembleia Legislativa do Paraná debate nesta sexta-feira (25), através de audiência pública, o projeto de lei 168/2021 que estabelece diretrizes para uma política de auxílio emergencial aos trabalhadores da cultural. “A cadeia produtiva da cultura é tão gigante e muitas vezes não nos damos conta dos desdobramentos. São tantas esferas e as partes envolvidas que as pessoas acabam esquecendo a ponte que une tantos setores”, disse o deputado Michele Caputo (PSDB), um dos autores da proposta.
Assinam ainda o projeto as deputadas Cantora Mara Lima (PSC), Cristina Silvestri (CDN) e Mabel Canto (PSD) e os deputados Alexandre Amaro (Republicanos), Anibelli Neto (MDB), Arilson Chiorato (PT), Boca Aberta Júnior (Pros), Delegado Jacovós (PL), Douglas Fabrício (CDN), Elio Rusch (DEM), Goura (PDT), Subtenente Everton (PSL) e Tercílio Turini (CDN).
O legislativo já reuniu alguns representantes do setor, nesses encontros evidenciou-se a necessidade de regulamentar um auxílio estadual aos agentes culturais. “Os setores, cultural e de eventos, foram muito afetados pela pandemia. Foram os primeiros a parar e provavelmente serão os últimos a retomar as atividades. Muitos trabalhadores estão vivendo em situação de fome, não podemos deixá-los desamparados”, afirmou Caputo.
A audiência terá início às 9 horas, com transmissão ao vivo pela TV Assembleia, site e redes sociais do Legislativo. “Essa audiência vai debater modalidades de apoio e auxílio emergencial para a o setor cultural, analisar as experiências de outros estados e, principalmente, entender as necessidades dos fazedores de cultura em nosso estado”, disse.
“Não estamos falando apenas do seu valor imaterial, inquestionável, mas sobretudo do valor econômico. Não existe turismo sem cultura, por exemplo. Espetáculo sem o vendedor de pipoca, o bilheteiro, o taxista ou motorista de aplicativo que nos leva até a porta do teatro. Não há evento sem técnicos, vasos sem artesões, circo sem público, não existe filme sem uma infinidade de trabalhadoras e trabalhadores, especialistas de diferentes áreas”, completa.
A cultura, pondera o deputado, move a economia do país. “É um setor gigante que está em estado crítico, padecendo gravemente nesse cenário de pandemia: O primeiro a parar e certamente um dos últimos a voltar”.