O rapaz de 29 anos que está desaparecido há um mês em Salt Lake City, nos Estados Unidos, foi levado à delegacia e chegou a ficar detido um dia pelo crime de invasão de propriedade e foi solto horas depois.
Segundo apurado pelo G1, a liberação de Renan Feliciano, no dia 14 de junho, teria sido sob condições específicas, como que o réu se reporte regularmente ou seja monitorado eletronicamente.
Antes de sumir, no dia 6 de junho, o brasileiro enviou mensagens ao pai dizendo que estava sendo perseguido. A reportagem teve acesso aos prints das conversas que Renan teve com o pai no dia 5 de junho.
No texto, o morador de Sorocaba (SP) disse que teve os pertences roubados e que estava somente com uma calça e uma camiseta (leia acima).
Em seguida, o jovem explicou que conseguiu recuperar parte dos pertences, inclusive o celular. Segundo ele, a carteira e o passaporte foram achados dentro de um trailer e uma pessoa foi presa suspeita do crime. Porém, Renan contou que, depois disso, um grupo passou a persegui-lo.
“Todo lugar que eu andava, ouvia dizerem ‘é ele, é ele’. Onde eu ia, via pessoas apontando para mim e aí procurei um posto, porque estava com medo de me matarem.”
Nas mensagens, o rapaz disse ainda que estava a caminho da cidade de Provo. “É o mais longe que posso ir, mas tenho certeza que vão atrás de mim”, comentou.
Entenda o caso. O pai de Renan, Emerson Feliciano, explicou ao G1 que o rapaz se mudou para o exterior em 2015 junto com a família. No entanto, em 2019, quando todos voltaram para o Brasil, ele resolveu ficar e construir uma vida no país.
A família chegou a contratar detetives particulares, mas sem sucesso. Até que, em março de 2020, um amigo que também mora em Salt Lake City entrou em contato e informou que Renan estaria trabalhando em uma concessionária de veículos.
O rapaz apareceu e voltou a manter contato frequente com a família. No entanto, em junho, depois de 20 dias sem dar notícias, ele falou com o pai pela última vez.
“Desde o dia 6 de junho, não temos mais informações dele, não sabemos onde está, se está bem ou não”, diz Emerson.
Em nota, o Palácio do Itamaraty informou que está prestando toda a assistência consular legal e materialmente possível à família do cidadão brasileiro. (G1)