Durante a sessão desta segunda-feira (26), a Câmara Municipal de Goioerê aprovou por unanimidade uma moção de repúdio à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.796, que contesta leis estaduais que garantem repasses do Governo do Paraná às instituições de educação especial, como as APAEs.
A ação, movida pela Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, defende que os recursos sejam destinados apenas ao ensino regular inclusivo. Se acolhida, pode comprometer o funcionamento de centenas de escolas especializadas no Estado.
A diretora da APAE de Goioerê, Graziella Pareja, participou da sessão e alertou para os impactos da possível perda de recursos. “Seria um retrocesso. Cada aluno tem sua individualidade e precisa de um atendimento adequado”, disse.
Vereadores reforçaram apoio à APAE local. O presidente Joaquim da Ambulância afirmou que retirar o apoio financeiro às instituições seria “um absurdo”. Fabiano Barbosa classificou a medida como “crime social”, e Patrik Peloi defendeu mobilização política para garantir a manutenção das leis.
Também foi lida uma nota da Federação das APAEs do Paraná, destacando que o fim do suporte legal e financeiro colocaria em risco o atendimento a mais de 40 mil pessoas com deficiência no Estado.
A Câmara de Goioerê prometeu acompanhar o caso e manter a defesa da educação especializada.