O caso da morte de quatro homens encontrados em uma cova na zona rural de Icaraíma, ganhou novos desdobramentos. Documentos e laudos levantam suspeitas de tortura, cativeiro e ocultação de provas, ampliando as linhas de investigação.
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As declarações de óbito de três das vítimas — Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso — revelam sinais de violência extrema, sugerindo que eles possam ter sido submetidos a tortura antes da execução. Um detalhe chamou atenção nos registros: o campo destinado à data do óbito aparece preenchido apenas com o ano de 2025, sem indicação de dia ou mês, acompanhado da sigla “IG” (ignorado). Para os investigadores, essa informação pode indicar que os homens tenham sido levados para outro local após a emboscada e mantidos em cativeiro antes de serem mortos.
Outro fator em análise é o estado de conservação dos corpos, considerado incomum para vítimas que estavam desaparecidas havia 44 dias. Peritos do Instituto de Criminalística vão analisar o solo da região onde os corpos foram localizados para tentar explicar a preservação.
Pista deixada por uma das vítimas
Os laudos também revelam que Rafael Juliano Marascalchi foi encontrado com o RG escondido dentro do tênis. Para a polícia, o gesto pode ter sido uma tentativa de garantir a própria identificação em caso de morte.
Além disso, objetos pessoais como alianças e relógios não estavam com os corpos quando chegaram ao Instituto Médico-Legal (IML). A ausência reforça a suspeita de que pertences tenham sido retirados antes do enterro clandestino.
Fonte: Victor Hugo Notícias


















