“Ele queria matar a mulher para ficar com a guarda da menina, para não precisar pagar mais a pensão alimentícia e para ficar com o benefício de seguro de vida” – explicou a delegada Vanessa Alice, sobre o envolvimento do ex-marido no assassinato da gerente de banco Tatiana Lorenzetti.
O crime aconteceu na segunda-feira, 28, quando a vítima saía do trabalho, uma agência da Caixa Econômica Federal, no bairro Capão Raso, em Curitiba, para almoçar. Tatiana Lorenzetti levou um tiro na cabeça e morreu no local.
Um dia após o assassinato, o ex-marido da gerente de banco, Antônio Henrique dos Santos, conhecido como Tonhão, foi preso e levado até a Delegacia da Mulher para prestar depoimento.
Durante o procedimento, ele ficou em silêncio, porém, a delegada Vanessa já estava acompanhando os passos do ex-policial militar, já que no dia 23 de novembro, Antônio foi flagrado em uma escuta telefônica combinando o crime.
“Há algum tempo o Antônio vinha em discussão com a esposa, inclusive, foram realizados dois procedimentos aqui na Delegacia da Mulher, que foram encaminhados à Justiça do Paraná, inclusive com medida protetiva de urgência, mas ele foi deferido”, detalhou Vanessa.
Um mês antes do crime, ‘Tonhão’ chegou a oferecer R$ 70 mil caso o assassino esperasse o valor do seguro de vida, que está no nome da filha, sair. Porém, segundo à polícia, o assassinato da gerente de banco foi fechado por R$ 25 mil.
“Ele não ameaçou só a vítima, a Tatiana, ele ameaçou os familiares dela também. Ele tinha problemas com relação a guarda da filha e problemas com relação a pensão alimentícia”, disse a delegada que investiga o caso.
CASO TATIANA LORENZETTI. Conforme informações da PMPR (Polícia Militar do Paraná), o assassino aguardou a saída de Tatiana Lorezentti por aproximadamente meia hora. Quando a gerente saiu, foi surpreendida pelo homem.
Ele tomou a bolsa da mulher, simulando um assalto, e disparou contra a vítima. Socorristas foram encaminhados ao local, mas a mulher não resistiu aos ferimentos. Minutos depois, o assassino foi morto durante um confronto com a polícia.
A delegada acredita que o ex-marido pediu para que o assassino simulasse um assalto para que o caso fosse enquadrado como latrocínio, que é roubo seguido de morte.
Até o momento, os envolvidos no caso Tatiana Lorenzetti são:
- Antônio Henrique dos Santos: ex-marido da vítima e suspeito de ser o mandante do crime (preso temporariamente);
- Jonatan (neguinho): quem cometeu o assassinato (morreu em confronto com à polícia);
- André Luiz Correia Barboza: comparsa do assassino (preso preventivamente);
- Thales Arantes da Silveira Serafim: comparsa do assassino (preso preventivamente);
- Moisés: contratou Thales para cometer o crime (ainda procurado pela polícia);
COMPARSAS DO ASSASSINO DE GERENTE DE BANCO FINGIRAM SER VÍTIMAS. A delegada Vanessa Alice ainda contou que em um primeiro momento, Thales e André, que emprestaram o carro que estavam para o assassino fugir, se apresentaram como vítimas.
“Eles se apresentaram como vítimas de Jonatan, como se ele tivesse tomado de assalto o carro que eles estavam e tivesse obrigado que os dois se evadissem do local segundos após o crime”, explicou Vanessa.
Porém, depois de uma verificação realizada pela polícia, foi constatada que essa versão era mentira. Razão pela qual a dupla acabou sendo autuada em flagrante na Delegacia da Mulher.
“O que nos foi dito é que nessa oportunidade eles receberiam 25 mil e diante disso, o Thales resolveu abrir o jogo. Ele confessou o crime e atribuiu a contração ao Antônio. Inclusive, no celular dele tinha o contato do Antônio.”