A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (10) a Operação Rolo Compressor em seis estados, em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU) e Receita Federal. No Paraná, quatro cidades são alvos da Operação.
CLIQUE AQUI E RECEBA AS NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Curitiba e estão sendo cumpridos no Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo.
As buscas envolvem 125 policiais em 26 locais, bem como a prisão de um dos investigados e o afastamento cautelar de 5 servidores públicos e bloqueio dos seus bens.
As apurações iniciaram a partir de denúncias de pagamento de vantagens indevidas a servidores da Superintendência Regional do DNIT no Paraná por empresas contratadas pelo órgão. Até o momento, as investigações já evidenciaram elementos consistentes que indicam o recebimento de vantagens indevidas, consubstanciadas em movimentação de dinheiro em espécie sem lastro nos saldos bancários declarados e ocultação de patrimônio em nome de terceiros.
Um dos contratos objeto da investigação, referente a obra de duplicação de trecho da Rodovia BR-163/PR, possui valor atualizado de mais R$ 700 milhões, sendo que trabalho de auditoria da CGU (Relatório nº 201801063) apontou sobrepreço e superfaturamento de R$ 60 milhões.
Impacto Social
Os desvios de recursos públicos desta obra causam grande prejuízo à população e ao setor produtivo, já que a BR-163/PR é uma das rodovias mais importantes para o estado do Paraná e para o país em razão de sua importância estratégica para o escoamento da produção agrícola e integração das regiões Sul e Norte.
Diligências
A Operação Rolo Compressor consiste no cumprimento de 26 mandados de busca e apreensão em cinco estados (Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo) e no Distrito Federal; um mandado de prisão temporária, além do afastamento de cinco servidores públicos e bloqueio de bens dos investigados. O trabalho conta com a participação de 124 policiais federais, 17 auditores da CGU e seis auditores da Receita Federal.
A CGU, por meio da Ouvidoria-Geral da União (OGU), mantém a plataforma Fala.BR para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre esta operação ou sobre quaisquer outras irregularidades, pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode ser anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado”.