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Notícias / Goioerê Cláudio Custodio: Nasceu em Goioerê, foi embora ainda criança e hoje é um empresário de SUCESSO

quinta-feira, 31 março de 2022.

Cláudio Custodio credita seu SUCESSO aos anos de trabalho e de estudo que lhe proporcionaram valiosa

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Integrante de uma família numerosa, Cláudio Custodio é um mauaense por adoção. Nascido na cidade de Goioerê, no Paraná, ele chegou ao ABC Paulista em 1977, aos seis anos, ao lado de sua família. E estando no município desde tão jovem, foi difícil não criar laços rapidamente com a cidade, mais precisamente com o Jardim Anchieta e suas ruas de paralelepípedo, onde a família se estabeleceu após uma rápida passagem pelo Jardim Mauá.

A infância do pequeno Cláudio não foi como a da maioria das crianças da época, pois desde muito cedo lhe foram atribuídas muitas responsabilidades. Os estudos vinham em primeiro lugar e agradavam o garoto, que tinha a matemática como matéria predileta e boas notas no boletim. Já em casa, suas obrigações eram cuidar de tudo enquanto os pais e os irmãos mais velhos trabalhavam. Assim, a diversão e as brincadeiras com os amigos aconteciam esporadicamente. Mas isso nunca o incomodou.

“Brinquei sim, mas não com tanta frequência nas ruas do bairro”, explicou.

A primeira experiência de trabalho de Custodio também aconteceu bem cedo, aos 12 anos, na farmácia de seu irmão. “Meu irmão tinha uma farmácia no centro de Mauá e eu comecei a trabalhar com ele aos 12 anos de idade. E aprendi muito com ele. Lembro de uma frase que ele falava pra mim na época que era ‘se você não aprender comigo, não vai aprender nem no exército’. Então, eu tinha responsabilidades já na infância”, contou o hoje empresário, que tinha como funções ler as bulas dos medicamentos vendidos para organizá-los.

“Hoje eu sou empreendedor graças àquela época. Eu aprendi lá, naquela época a ser um empreendedor. Sem querer, meu irmão me ensinou muita coisa”, avaliou.

Trabalho e aprendizado

Trabalhar na farmácia de seu irmão deu a Cláudio Custodio muitas responsabilidades, mas também acendeu nele uma vontade de buscar mais. De acordo com ele, naquela época toda sua vida era atrelada a Mauá. Porém, ele sentia a necessidade de expandir sua vivência para outras cidades da região, inclusive a capital. Por esse motivo, ele decidiu deixar de atuar na farmácia para buscar novos ares. Aos 14 anos, ele ingressou em uma empresa que fabricava carrinhos de bebê, localizada em Tamanduateí, tendo seu primeiro emprego formal, com carteira assinada.

Segundo Custodio, toda a experiência adquirida nos dois anos de trabalho na farmácia lhe foram bastante úteis na nova empreitada, especialmente porque apenas jovens trabalhavam em sua área na companhia. “As pessoas que trabalhavam lá eram todas adolescentes. E quando eles atingiam a idade de começar a prestar o Exército, eles eram demitidos”, recordou Cláudio, que acabou sendo uma exceção a essa regra graças a sua vontade de aprender.

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“Eu trabalhava, mas eu gostava de aprender. Então, todas as funções dentro daquele departamento, eu fazia. E fazia porque eu gostava daquilo. Quando eu fiz 17 anos, eu continuava aprendendo todas as funções da empresa. Foi quando meu gerente me chamou e perguntou por quê eu continuava aprendendo se eu sabia que iria sair em pouco tempo. E eu disse que gostava e que mesmo que eu saísse, gostaria de seguir aprendendo”, contou.

“Era uma rotina. Com 17 anos, o funcionário era demitido. E quando eu fiz essa idade, foi a mesma coisa. Me chamaram, mas o gerente me promoveu a encarregado. Ele disse que eu tinha conhecimento das máquinas e das funções da empresa e que ele estava me nomeando encarregado”, completou.

Na nova função, Cláudio Custodio seguiu aprendendo e também aproveitou para ajudar muita gente, antes de rumar para novos desafios. “Eu ainda era do chão de fábrica, mas tinha mais responsabilidades. Aprendi a contratar, contratei muita gente de Mauá, amigos de infância, do bairro e fiquei lá até 1996”.

“Tudo é experiência. Todos os empregos que tive me trouxeram experiência, desde a época da farmácia, que era um comércio, depois na área industrial, na área pública e de volta a área industrial de novo, porém, na área administrativa. Minha empresa hoje é um pouco de cada coisa. Peguei o que vi de melhor em cada lugar que passei e trouxe pra cá”, definiu o empresário.

Custodio Condutores: de empresa de um homem só à líder de mercado

Após anos trabalhando e aprendendo em diferentes áreas, Custodio resolveu dar um passo adiante em 2006 e começar seu próprio negócio, uma empresa especializada na produção de cabos elétricos especiais. Até então, o único conhecimento que ele possuía sobre este segmento era de que duas ou três empresas monopolizavam a produção e venda destes produtos. E notando essa brecha no setor, o agora empresário resolveu estudar tudo o que fosse relacionado à área, principalmente as normas técnicas estipuladas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) para a fabricação destes artefatos.

A Custodio Condutores, contudo, não surgiu do dia para a noite. Mesmo com a intenção de montar sua própria empresa, Cláudio Custodio levou quase cinco anos para começar a tirar a ideia do papel. Somente em 2010, depois de anos de estudo sobre produção, matéria-prima e maquinário – e também de economia para poder adquirir equipamentos e alugar um espaço – que ele enfim deu o pontapé inicial em sua companhia, que começou a funcionar no ano seguinte como a empresa de um homem só.

Dali em diante, o trabalho aumentou. Para não ficar sobrecarregado com toda a produção, Custodio resolveu terceirizar algumas etapas da fabricação dos cabos e ficou encarregado somente pelo processo de finalização dos produtos. Ao mesmo tempo, ele começou a estruturar tanto física quanto administrativamente a empresa com o intuito de trazer todo o processo de produção para si. Naturalmente, algum tempo depois, as demandas pelos serviços da companhia começaram a crescer e a Custodio Condutores estabilizou-se no mercado.

Atualmente, a empresa é líder no mercado de cabos para alarmes de incêndio, sendo responsável por cerca de 56% das vendas de produtos para este segmento, e preza por entregar a seus clientes itens de primeira linha. A produção dos cabos é feita apenas com materiais de alta qualidade, o que garante a satisfação total da clientela. Os preços competitivos e o prazo de entrega, que em alguns casos é imediato, também são diferenciais que fazem da Custodio Condutores a principal companhia em sua área de atuação.

Vida em família e planos para o futuro

Cláudio Custodio não se considera somente um homem de SUCESSO no campo profissional. Ele também demonstra bastante satisfação com os rumos de sua vida pessoal. Atualmente comprometido, o empresário afirma estar curtindo a vida a dois ao lado de sua companheira de maneira bastante leve, algo que tem feito bem ao casal.

Quanto ao relacionamento com seus familiares, Custodio diz que gosta muito de fazer parte de uma família grande e que se dá muito bem com todos os seus irmãos e com seus pais, que hoje moram em Sorocaba. E apesar de o momento de pandemia ter atrapalhado as reuniões da família, ele conta que sempre que todos se encontram é uma grande festa.

“Família grande é gostoso. Quando nos encontramos na casa de nossos pais vira festa. Hoje nem tanto, por conta da pandemia, procuramos não fazer aglomeração. Somos em 11 irmãos e mais meu pai e minha mãe e três deles moram em Sorocaba. Então, quando vamos visitá-los, saímos daqui em comboio. É uma família muito boa, somos bastante unidos e sempre que nos encontramos é aquela festa”.

Já em relação aos seus planos para o futuro, o empresário disse que não se vê aposentado ou distante de algum tipo de trabalho. Pelo contrário. Seu desejo é seguir “acumulando funções”, dividindo seu tempo entre a administração de sua empresa, os estudos em sua área de atuação, a vida particular e, quem sabe, um ingresso na vida pública.

“Eu venho pretendendo ingressar na vida pública há algum tempo e acredito que dá pra conciliar. Minha empresa está bem encaminhada, então eu acredito que posso fazer esse acúmulo de funções, não para este ano, mas pensando no futuro”, finalizou. (portalopiniaopublica)

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