Teve início segunda-feira, 1º, que vai até terça, dia 7 a Semana Mundial de Aleitamento Materno, que ocorre em 120 países de 1º a 7 de agosto e é promovida pela Aliança Mundial de Ação Pró-Amamentação (WABA). Neste ano, o lema é “A amamentação é a base da vida”.
No Brasil, a ação foi ampliada para todo o mês de agosto, através da Lei 13.435, de 12 de abril de 2017. A Secretaria da Saúde do Paraná apoia a iniciativa e promove, na sexta-feira, uma série de palestras sobre o tema. O evento será no teatro da Federação Espírita do Paraná.
No Brasil, apenas 38,6% das crianças com até seis meses de idade é alimentada exclusivamente com leite materno, segundo relatório de 2017 da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com o Coletivo Global da Amamentação.
O levantamento apontou ainda que se todas as crianças fossem amamentadas desde o nascimento até os dois anos de idade, pelo menos 800 mil mortes poderiam ser evitadas em todo mundo anualmente.
O secretário da Saúde, Antônio Carlos Nardi, explica que o aleitamento materno está intimamente relacionado com a saúde e bem-estar das crianças, em especial nos primeiros anos de vida. Atualmente, a recomendação é de que as crianças sejam amamentadas até os dois anos. Até os seis meses de idade, os bebês devem ser alimentados exclusivamente com leite materno.
“Quando uma criança recebe leite materno desde o nascimento tem menor risco de ter doenças como diarreia e infecções respiratórias, problemas graves e que podem levar os bebês à morte. Também têm melhor desenvolvimento físico e cognitivo”, diz Nardi.
INCENTIVO – Com o Agosto Dourado, diversas instituições, incluindo poder público, hospitais, sociedades de classe e organizações não-governamentais se unem em prol do incentivo à amamentação. A mobilização inclui ações como campanhas na mídia, reuniões, divulgação em espaços públicos e iluminação ou decoração de espaços com a cor dourada. A ideia é mostrar a importância do leito materno para a saúde do bebê e incentivar as mães a amamentarem durante mais tempo.
A OMS considera os índices de amamentação no mundo muito baixos. Entre os 194 países citados no relatório Global Breastfeeding Scorecard, divulgado no ano passado, apenas 23 têm pelos menos 60% das crianças de até 6 meses de vida sendo alimentadas exclusivamente com leite materno. O relatório lembra que a amamentação traz diversos benefícios para as mães e os bebês, e convida todos os países a investir em políticas públicas que incentivem o aleitamento materno.
BENEFÍCIOS – Para os bebês, o aleitamento materno significa ter alimentação de qualidade, de fácil digestão, sempre na temperatura certa e com todos os nutrientes necessários. O próprio ato de sugar o peito traz benefícios, auxiliando no desenvolvimento da arcada dentária do bebê, da fala e da respiração.
O leite materno também oferece proteção aos bebês nos primeiros meses de vida, fortalecendo seu sistema imunológico. Para as mães, o aleitamento ajuda a minimizar o risco de desenvolver câncer de mama e de ovário, doenças cardiovasculares e diabetes, além de fortalecer os laços afetivos com o bebê.
“O aleitamento materno traz benefícios para a mãe, para o bebê, para toda a sociedade. Todos nós podemos apoiar essa prática, incentivando e oferecendo suporte para as mães que desejam e querem amamentar”, finaliza o secretário Nardi.
MAMAÇO – Uma das estratégias para incentivar o aleitamento materno é a organização de reunião de mães com seus bebês para a amamentação conjunta, o chamado “Mamaço”.
Neste sábado (4), estão programados Mamaços em Curitiba, no parque do Museu Oscar Niemeyer, entre 14h e 16h30, e em Cascavel, no Lago Municipal, entre 14h e 17h.