Após julgamento que durou 12 horas, Valdomiro Campos foi condenado por duplo feminicídio, como culpado pelos disparos que mataram Elisabete Orioli e a filha dela, Franciele Orioli
O comerciante Valdomiro Campos, de 59 anos, foi condenado a 43 anos, seis meses e nove dias de prisão por duplo feminicídio, em Maringá, no norte do Paraná, na terça-feira (22).
Ele foi acusado de matar a esposa Elisabete Maria Orioli, à época com 62 anos, e a filha dela, Franciele Cristina Orioli, à época do crime com 39 anos. O caso aconteceu em novembro de 2020.
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A sentença foi proferida após um julgamento que durou aproximadamente 12 horas no Fórum de Maringá. Os jurados entenderam que Campos foi culpado pelos disparos que mataram as duas mulheres.
O crime aconteceu na presença de parentes, em meio à festa de aniversário de casamento de Valdomiro e Elisabete, na residência do casal, na Zona 4.
Valdomiro Campos, durante as investigações, em depoimento à Polícia Civil, afirmou que os tiros que mataram as vítimas foram acidentais.
À época, a RPC teve acesso com exclusividade aos vídeos do depoimento. Durante a audiência, Campos disse que estava se defendendo durante uma discussão. Assista, abaixo.
Discussão e tiros. As investigações apontaram que o comerciante se irritou, durante a festa de aniversário de casamento dele e da esposa, ao ver um sobrinho dormindo na cama do casal.
Em meio à discussão com a esposa ele usou revólver calibre 32 e disparou duas vezes, conforme a polícia. A enteada morreu no local, e a esposa não resistiu aos ferimentos após 15 dias de internação.
Valdomiro fugiu de carro com o revólver e uma maleta com R$ 4 mil. Ele foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na PR-444, em Arapongas, também no norte a cerca de 60 quilômetros do local do crime.
A arma apontada como sendo a usada no crime foi encontrada sob um banco do veículo, com duas munições deflagradas e quatro intactas. O revólver não tinha registro, conforme a polícia.
Ainda segundo a PRF, o comerciante foi submetido ao teste no bafômetro, que apontou 0,27 miligrama de álcool por litro de ar expelido.
Fonte: G1.globo