A liberação dos corpos do local do acidente ocorreu no início da noite de terça-feira
Ainda não tem previsão da chegada a Goioerê dos corpos das quatro vítimas da família Cruzeiro – o empresário Valdecyr Cruzeiro, a esposa Luciana Brito e as filhas Beatriz (odontóloga) e Julia (estudante de odontologia), vítimas do trágico acidente aéreo que ocorreu na manhã dessa terça-feira, no município de Roncador, na divisa com o município de Mato Rico, quando o avião pilotado por Valdecyr caiu matando os 4 ocupantes.
GUARAPUAVA. De acordo com informações, as chuvas que caíram na região do acidente e a demora na remoção dos corpos – tendo um dos corpos ficado preso nas ferragens do que restou do aparelho, – atrasou a liberação dos corpos pela equipe do resgate, o que só ocorreu no início da noite de ontem. Em seguida os corpos foram levados para o IL de Guarapuava.
Informações são de que os corpos sejam liberados no final da tarde dessa quarta-feira. Familiares das vítimas estão no IML de Guarapuava acompanhando a liberação dos corpos. E, em seguida transladados para Goioerê, onde serão velados e sepultados. Não há informações sobre o local do velório. Chegou-se a comentar que poderia ser realizado no Ginásio 10 de Agosto.
Piloto que esteve em local de acidente aéreo acredita em pane estrutural
O piloto de ultraleve que esteve no local do acidente aéreo que ocorreu em Roncador nesta terça-feira, 29, acredita que o avião CESSNA 177B, sofreu uma pane estrutural. O servidor municipal da Prefeitura de Roncador Jenauro Hruba acompanhou o resgate dos corpos das vítimas do acidente que matou uma família de Goioerê.
Ele afirma que conversou com moradores da região que viram o avião momentos antes da queda. Jenauro, que é piloto de ultraleve, acredita que o avião sofreu uma pane estrutural, que é quando a fuselagem, por algum motivo, se rompe.
“No momento do acidente o tempo estava bem fechado em Roncador. Vimos as imagens do embarque, lá em Goioerê, e parece que o tempo estava aberto. Quando ele passou nas imediações da Fazenda Campo Limpo. Um amigo nosso que também é piloto observou e pensou ‘o piloto deve ser bom, porque está voando guardado na nuvem’. ‘Guardado na nuvem’ é como se estivesse voando sem rumo, como um carro no meio da fumaça. Se não tiver instrumentos, corre risco de bater em uma torre, uma montanha. Na Campo Limpo tem quatro pistas de pouso próximas. Se tivesse acontecido algum problema nesse momento, com certeza ele teria observado as pista. Quando ele se deslocou mais uns dez quilômetros e entrou em uma camada de nuvem mais densa, a impressão que deu é que ele tentou voltar” – detalha.
“O que chama atenção é que o avião caiu de faca no chão. Então, tem destroços do avião a pelo menos 500 metros do local de onde ele caiu. O que sugere uma pane estrutural, uma falha de estrutura, um rompimento de cabo, algo nesse sentido. Ele estava voando em uma condição adversa, com turbulência, ele tentou voltar, de repente pegou uma rajada de vento, estourou um cabo e o avião, sem comando, veio para o chão. Se ele saiu de Goioerê com destino a Guaratuba, muito provavelmente o avião estava com os tanques cheios, e não houve explosão, então é bastante curioso” – acrescenta Jenauro Hruba. (GMC)