O mundo foi assolado, de forma inesperada, por um vírus que, a partir de estudos preliminares, se investiga o tratamento mais adequado. Uma verdadeira corrida contra o tempo, em que diversos laboratórios ao redor do mundo estão em busca de uma vacina que seja capaz de diminuir os casos de contágio da doença.
Enquanto isso, com o objetivo de achatar a curva e diminuir a larga escala da pandemia causada pela Covid-19, os governos dos países vêm adotando medidas como o distanciamento social (diminuição da interação entre as pessoas) e a quarentena (restrição das atividades daqueles indivíduos que foram expostos a uma doença contagiosa, porém não estão sintomáticos).
No atual cenário, se de um lado temos a implantação de medidas de prevenção, em que foi imposta a restrição de deslocamento — ou seja, o enclausuramento das pessoas para reduzir a propagação da doença — de outro verificamos o aumento de violência doméstica familiar.
No estado do Paraná, dados indicam que na primeira semana do isolamento social os casos de violência doméstica atendidos pela Polícia Militar aumentaram em 15%. Não foi diferente em outros estados, como por exemplo São Paulo, que registrou um aumento de 30%; Rio de Janeiro, com 50%;e o estado de Mato Grosso do Sul, que registrou aumento de 400% no número de feminicídios. Nesse último, enquanto em março de 2019 foram vitimadas 2 mulheres, neste mesmo período em 2020 o número aumentou para 10 mulheres — coincidentemente, no mês que se iniciou o isolamento social.