Ambiente de negócios favorável é o que todo investidor procura e que no Paraná é traduzida por um conjunto de ações voltadas ao desenvolvimento e à atração de investimentos para geração de empregos, renda e melhoria da qualidade de vida. O Sistema Paranaense de Fomento, composto pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Fomento Paraná e Invest Paraná, forma o pedestal dessa estratégia montada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior com instituições atuando em sinergia.
O sistema fornece informação de qualidade para tomada de decisão, apoio logístico, e crédito acessível, barato e abundante para apoiar empreendimentos de todos os portes, tanto no setor privado quanto no público.
Completam as ações do Estado as legislações que proporcionam benefícios tributários para atrair investimentos em novos negócios, investimento em tecnologia e estímulo à inovação, busca permanente pela redução da burocracia para abertura e funcionamento das empresas e garantia de segurança jurídica para o investidor.
Desde a instituição do Sistema Paranaense de Fomento, BRDE e Fomento Paraná compartilham ações em rodadas de negócio, participação em feiras e eventos de negócios e até no encaminhamento de clientes, conforme o porte do empreendimento ou do investimento.
Avançando na sinergia, as duas instituições agora também compartilham recursos e buscam novas fontes de captação com instituições internacionais. O BRDE já repassou R$ 10 milhões à Fomento Paraná em recursos (captados do/a BEI/CAF) para operações de microcrédito, de um total de R$ 30 milhões previstos para 2021. Os outros R$ 20 milhões serão repassados no final do mês de julho ou primeira semana de agosto.
A Fomento Paraná está em tratativas com a Corporación Andina de Fomento (CAF), um banco de desenvolvimento das américas, para uma captação de US$ 50 milhões que serão destinados a operações com micro e pequenas empresas. Mas, além da CAF (com quem já captou US$ 70 milhões), o BRDE está celebrando outros contratos internacionais também para dar continuidade no repasse de recursos para retomada da economia.
BRDE. A Agência do BRDE no Paraná teve a maior demanda por financiamento de toda sua história em 2020. “A pandemia foi um desafio para toda a sociedade, ninguém esperava que ela trouxesse tantos desafios para diversos setores. No entanto, é pela dificuldade que nós enxergamos as oportunidades”, disse o vice-presidente e diretor de Operações do BRDE, Wilson Bley.
A fala de Bley se refere à demanda por financiamento que o banco teve em 2020, pleno ano de pandemia. De março a dezembro, o BRDE recebeu 2.652 solicitações de financiamento. Todos esses pedidos foram encaminhados de forma digital, para facilitar o acesso do cliente durante o isolamento social.
O BRDE respondeu a esses pedidos contratando R$ 1,09 bilhão em financiamento somente no Paraná, dos quais R$ 241 milhões para micro, pequenas e médias empresas que necessitavam de capital de giro emergencial para manutenção de empregos. Foi a maior contratação dos últimos cinco anos.
Além da ajuda emergencial, o banco teve papel fundamental para a retomada dos investimentos em 2020, direcionando outros R$ 857,6 milhões a projetos de geração de energias renováveis, agronegócio, produtores rurais, aquisição de equipamentos, modernização de instalações e infraestrutura.
“Esse desafio trouxe opções de inovações ao banco, o de olhar não apenas para o emergencial, mas também para os empresários que querem passar pela pandemia focando no futuro. Tudo isso gerou resultados não somente para manutenção, mas também para criação de novos empregos”, afirma Bley.
Ainda em 2020, a agência também atuou no apoio de clientes que tiveram dificuldade para pagar seus compromissos com o BRDE. O total de operações que cujas parcelas foram prorrogadas alcançou a marca de R$ 1,088 bilhão. Para 2021, a expectativa é aplicar mais de R$ 1 bilhão somente no Paraná. “Acreditamos na retomada da economia e que ela vai acontecer de forma acelerada agora”, diz o vice-presidente.
Além disso, hoje o BRDE tem disponível recursos da Finep, Fungetur e FGTS, além dos já tradicionais recursos do BNDES, próprios e captados no Exterior.
FOMENTO PARANÁ. Desde o início das ações adotadas pelo Governo do Estado voltadas a combater os efeitos da pandemia na atividade econômica, a Fomento Paraná contratou mais de R$ 380 milhões em operações de crédito novas que atenderam 37.300 empreendimentos, entre informais, de micro e pequeno porte, com crédito principalmente para capital de giro.
A Fomento Paraná também ofereceu a possibilidade de renegociação de contratos, com suspensão de pagamentos por períodos de até seis meses, dependendo da modalidade do crédito, no âmbito do setor público, beneficiando quase 5 mil contratos, que totalizam aproximadamente R$ 160 milhões.
Da mesma forma no âmbito do Setor Público, onde foi oferecida a possibilidade de moratória de até nove meses aos municípios mutuários do Sistema de Financiamento aos Municípios (SFM), beneficiando mais de 540 contratos, que representam em torno de 150 milhões.
A intenção de ofertar a moratória aos municípios e aos empreendedores privados foi de permitir que o dinheiro permanecesse no caixa das empresas ou circulando na economia, para contribuir com a realização de negócios e cumprimento de outras obrigações das empresas em um período de receitas reduzidas. Igualmente os municípios, que puderam deixar de pagar a Fomento Paraná para investir na prevenção, combate e tratamento de pacientes da Covid-19, enquanto aguardavam pelo desenvolvimento e compra de vacinas pelo país.
Nesse período, a Fomento Paraná colocou em operação a linha Fomento Turismo, com recursos do Fungetur/Ministério do Turismo, e o Fundo de Aval Garantidor das Miro e Pequenas Empresas (FAG), para atender os segmentos de eventos, gastronomia, turismo e outros, que foram os mais afetados pela paralisação de atividades. Quase 300 empreendimentos foram atendidos somente nessa ação com mais de R$ 32 milhões já contratados.
Um dos destaques foi a linha Paraná Recupera, com créditos de R$ 1,5 mil a R$ 6 mil, para empreendedores informais, MEIs, micro e pequenas empresas. Atendeu mais de 23 mil empreendedores na primeira versão, lançada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, em 2020, com R$ 120 milhões contratados. E outros R$ 25 milhões na reativação da linha, em 2021, com 5.750 beneficiados.
Uma versão especial da linha Paraná Recupera foi criada para atender transportadores donos de vans que atuam no transporte escolar, de turismo ou fretamento para empresas. Foram atendidos pouco mais de 1.100 profissionais totalizando quase R$ 10 milhões em liberações.
Além disso a Fomento Paraná também colocou em operação uma plataforma digital que permite a contratação de operações de microcrédito online, diretamente pelo portal de internet da empresa. O objetivo é atender municípios onde não há parcerias com agentes de crédito credenciados.
Agora a instituição está colocando em operação dois fundos de aval para facilitar o acesso ao crédito para microempreendedores individuais e microempresas. Os fundos serão opção de garantia nas operações de microcrédito (até R$ 20 mil), que antes era limitada a avalistas. Um é o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), objeto de parceria com o Sebrae.
O segundo é o Fundo de Aval Garantidor das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Paraná – FAG/PR, estruturado e administrado pela Fomento Paraná, que agora atenderá também operações de microcrédito. De acordo com as condições de alavancagem permitidas, a Fomento Paraná estima que poderá contratar até R$ 70 milhões em operações de microcrédito com garantia dos dois fundos.
A instituição vem fazendo um trabalho consistente e robusto para ampliação das parcerias nos municípios. Como parte desse trabalho, atualmente a Fomento Paraná mantém parcerias formalizadas com 252 prefeituras, com agentes de crédito capacitados, e pelo menos 85 associações comerciais credenciadas como correspondentes, totalizando mais de 500 parcerias ativas em 262 cidades.
INVEST PARANÁ. A Invest Paraná, agência de atração de investidores, ajuda a criar um ambiente mais competitivo e de inovação no Estado. Desde 2019 mais de R$ 45 bilhões foram atraídos em programas de incentivo ou não. Também é a ponte com quem precisa de crédito ou planeja novos investimentos robustos no Estado.
“O papel da Invest Paraná é fazer a conexão entre o setor privado e o governo, fazendo com que fique transparente quais são os incentivos e benefícios fiscais para que a empresa se estabeleça e possa crescer no Estado”, explica o diretor-presidente da Invest, Eduardo Bekin. “Trabalhamos com quatro pilares, que são o desenvolvimento regional, geração de emprego, aumento na arrecadação e sustentabilidade”.
A Invest também colabora com o processo de industrialização e do fortalecimento de cadeias produtivas em que o Paraná é referência global, como automóveis, produção de alimentos e energia sustentável.
Fonte: aen.pr.gov.br.