A crueldade empregada no assassinato que vitimou Cleuza Ribeiro da Silva, conhecida como “Cleuza Chagas” na época com 46 anos, teve grande repercussão pela maneira brutal que o crime foi cometido. Cleuza foi morta em sua casa, na Rua Presidente Médici, na Vila Candeias.
O crime ocorreu no quarto da vítima, que pela forma como o local foi encontrado, todo revirado. Houve luta corporal entre a vítima e seu algoz que, antes de cometer o crime teria enrolado toda a cabeça de Cleuza com fita crepe para que ela não gritasse, em seguida teria desferido diversos golpes de faca, utilizando inclusive um espeto de assar carne.
O crime foi descoberto pelos vizinhos de Cleuza que estranharam a sua ausência. Já há dois dias, assim como de seu namorado, Diego Fernandes com quem ela estaria se relacionando. Foram os vizinhos que na noite do dia 2 que descobriram o corpo de Cleuza no interior da residência.
ROSTO ENROLADO: Além da forma cruel como foi morta o que gerou muita indignação foi o fato da vítima estar com o rosto todo enrolado em fita crepe, com o crime passando a ser denominado de “o crime da fita crepe”.
SUSPEITO: Já no início as investigações da Polícia apontavam Diego Fernandes como autor do crime, uma vez que após a morte de Cleuza, ele desapareceu. Ele foi preso tempos depois, e, apesar das evidências insistiu em negar a autoria do crime.
DROGAS: Nas investigações descobriu-se que a morte de “Cleuza Chagas” estaria relacionado a drogas e teve como objetivo esconder um outro crime no qual, Diego Fernandes estaria envolvido. Foi o crime ocorrido pouco mais de um mês antes, da morte de Cleuza, quando no dia 20 de março de 2012 (Cleuza foi morte no dia 4 de maio) que teve como motivação droga.
MORTO NA MOTO: O primeiro crime no qual Diego estaria envolvido ocorreu no inicio da manhã do dia 4 de março quando o funcionário da Prefeitura de Goioerê, Vanderlei Estipinosti dos Santos, foi assassinado com quatro tiros – dois nas costas e dois na cabeça.
O crime ocorreu nos fundos da Vila das Candeias local conhecido “carvoeira” onde a Polícia suspeitava de que Vanderlei utilizava aquele local para esconder drogas. Inclusive próximo ao corpo da vítima foi encontrado um volume com cerca de 500 gramas de crack no momento em que Vanderlei foi surpreendido deixando o local.
Pelo levantamento da Polícia, Vanderlei no momento em que foi morto estava pilotando a moto quando recebeu os dois primeiros tiros pelas costas, e, em seguida, outros dois disparos na cabeça, caindo como que se estivesse pilotando a moto ao ser morto.
Com Vanderlei, Policia encontrou dois celulares cujas ligações foram investigadas pelo delegado, da época, Dr. Fábio Machado. Estipinosti era apontado pela Polícia como um dos envolvidos com o tráfico de crack e cocaína em Goioerê, inclusive ele foi preso por algumas vezes acusado de envolvimento com o tráfico.
ERA AMEAÇADO: De acordo com as investigações da Polícia, “Cleuza Chagas” teria morrido por estar ameaçando Diego Fernandes por esconder drogas em sua casa. Drogas essas que ele que teria conseguido após a morte de Vanderlei Estipisnoti. Informações eram Cleuza, não aceitava que Diego transformasse a sua casa em ponto de venda de drogas.
A partir das desavenças e das ameaças de Cleuza em denunciá-lo, Diego Fernandes decidiu assassiná-la de maneira cruel na própria casa da vítima com quem estava se relacionando. A suspeita é que Diego planejou o crime comprando a fita crepe para amordaçar a vítima para que não gritasse no momento em que fosse dominada.
Cleuza Chagas morreu com a cabeça enrolada em fita crepe
Cleuza foi morta por acusar Diego Fernandes
de haver assassinado Vanderlei Estipinoste