O delegado-chefe da 16ª Subdivisão Policial de Campo Mourão, Nilson Rodrigues da Silva, decretou a prisão preventiva da mãe do bebê de quatro meses, morto na noite passada, durante uma briga entre ela e o amásio. A mulher, de iniciais I.R.T., 24 anos, acusa o companheiro de ter sentado em cima da cabeça da criança.
Ele nega o crime, dizendo não ser responsável pela morte do recém-nascido, identificado por José Gabriel. O crime ocorreu em uma residência, onde o casal estava, no jardim Modelo. Para o delegado, os dois são responsáveis pela morte da criança.
AUTUADOS. “Os dois foram autuados em flagrante por homicídio, pois além de estarem brigando, havia drogas e bebida alcoólica no local, ou seja, a criança estava em total estado de abandono”, disse o delegado. Exame de necrópsia no Instituto Médico Legal (IML), não indicou nenhuma lesão em Gabriel.
Para o delegado, a provável causa do óbito, foi asfixia. “O legista identificou um princípio de asfixia, o que deverá ser confirmado em exame no material enviado ao IML de Curitiba”, declarou.
GRITOS. Vizinhos interrogados disseram ter ouvido muitos gritos em razão da briga entre o casal e choro da criança. Por volta das 23 horas de ontem, contaram que a mulher gritou que o companheiro havia sentado sobre a cabeça de seu filho. Já quando o dia amanhecia, ela teria voltado a gritar, a ponto de ser ouvida por vizinhos, que o amásio havia matado a criança. “Ele nega o crime e diz que foi a mãe que deixou o bebê todo enrolado em cobertas, mas como disse os dois são responsáveis pelo crime.”
BRIGAS E DROGAS. O homem, de iniciais J.D. C, 24 anos, é amásio da mulher e padrasto de Gabriel. Mesmo assim, ele registrou a criança, mas segundo a polícia, tinha muito ciúmes da companheira, por não ser o pai biológico. Em razão disso e por outros motivos, brigavam constantemente. Vizinhos contaram ainda que ambos consumiam drogas.