A denúncia do deputado estadual Soldado Fruet (PROS) sobre a péssima qualidade dos uniformes distribuídos pelo Governo do Paraná aos alunos dos colégios cívico-militares chamou a atenção de um dos maiores veículos de comunicação do Brasil. Há alguns dias, o parlamentar foi procurado por uma repórter do Estadão e concedeu uma longa entrevista sobre o tema. Nesta terça-feira (09), o site de notícias destacou em sua capa a reportagem “Alunos de escolas cívico-militares recebem uniformes rasgados, pequenos e com tecido transparente”, com depoimentos de pais de alunos e relato dos pedidos de investigação dos problemas feitos pelo deputado
Na entrevista ao O Estado de São Paulo, o deputado destacou que as alunas estão com vergonha de usar as camisetas transparentes e que a falta de numeração maior causou bullying a estudantes obesos. O Estadão informou que o Ministério Público, um dos órgãos acionados pelo parlamentar, já abriu inquérito para investigar possíveis irregularidades na licitação, suspeita de direcionamento, vencida pela Triunfo Comércio e Importação.
Como alertou Soldado Fruet no plenário da Assembleia Legislativa do Paraná no início de agosto, esta empresa e seu sócio acumulam um histórico de problemas, desde envolvimento na máfia dos uniformes em São Paulo, escândalo de máscaras gigantes no Amazonas, investigação por sonegação fiscal em CPI de Santa Catarina, multa milionária do Cade por formação de cartel, além de investigações e processos judiciais em vários estados. Na sessão plenária desta terça-feira (09), o deputado Soldado Fruet lamentou que o Governo tenha se calado após sua denúncia e que a falta de atuação do secretário da Educação, Renato Feder, tenha transformado o Paraná em vergonha nacional.