O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB) apresentou na Assembleia Legislativa do Paraná, requerimento cobrando explicações da Agepar e do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) acerca do acidente que culminou com oito mortos e mais de 20 feridos na rodovia BR-277, em São José dos Pinhais, envolvendo um caminhão, 16 carros e seis motos.
“Há muitas perguntas ainda sem respostas e precisamos entender o que aconteceu para evitar que tragédias como essa se repitam. São explicações urgentes: quais foram as ações objetivas realizadas pela concessionária Ecovia Caminhos do Mar para que esse tipo de acidente pudesse ter sido evitado?”, questiona o Romanelli.
O requerimento será enviado ao diretor-geral do DER, Fernando Furiatti Saboia e ao presidente da Agepar (Agência Reguladora do Paraná), Omar Akel, onde cobra explicações que possam ajudar a elucidar o caso e evitar novas tragédias.
Causas — O acidente aconteceu por causa da densa neblina que cobria o trecho da rodovia, aliado à queimada em uma mata da região. Romanelli aponta que são frequentes e recentes os casos de queimadas ambientais ao entorno do trecho, inclusive com divulgação por diversos veículos de imprensa.
Esse trecho da rodovia – entre Curitiba e o litoral – é explorado pela concessionária Ecovia Caminhos do Mar, empresa do grupo EcoRodovias. O deputado quer saber, por exemplo, quais foram as medidas imediatas tomadas pela empresa para prestar socorro às vítimas do acidente.
Segundo o deputado, é importante que a concessionária informe questões sobre o momento em que foi encaminhada ambulância da empresa para prestar socorro às vítimas e em que horário a ambulância chegou ao local do acidente.
“São perguntas que ainda não têm respostas e precisamos que a concessionária dê explicações. Quais eram as condições da rodovia e quais foram as circunstâncias que poderiam ter influenciado no acidente da BR-277?”, questiona.
Outro questionamento refere-se aos cuidados pós-acidente, para evitar o engarrafamento e novos veículos envolvidos no sinistro. Romanelli quer saber também se a concessionária interrompeu o atendimento na praça de pedágio enquanto eram prestados socorros às vítimas. Para ele, essa ação poderia evitar que outros veículos pudessem se envolver no engavetamento.
Prevenção — Romanelli reforça que é necessário conhecer os reais motivos do acidente, uma vez que o trecho é de muita neblina e precisa identificar as causas, para evitar novos acidentes.
“O DER e a Agepar precisam questionar a Ecovia para que essas perguntas tenham respostas. As vidas que se perderam, infelizmente, não podem ser recuperadas. Mas podemos atuar para que acidentes como esse não se repitam e vidas sejam preservadas nas rodovias paranaenses”, disse Romanelli.