Ao explicar que a terceirização dos serviços médicos da Santa Casa tem como objetivo proporcionar um atendimento mais humanizado aos pacientes e até a equipe de profissionais, a diretora da instituição Natália Schell, respondeu aos questionamentos dos vereadores na sessão da Câmara realizada na noite de segunda-feira, 11.
Natália esclareceu que a terceirização não é da Santa Casa, mas sim dos médicos que vão atender no Pronto Atendimento, na clínica e na UTI. Ela explicou que os médicos já eram terceirizados, pois a contratação era com o CNPJ dos médicos.
Ao terceirizarem os serviços médicos com a empresa Samais, a contratação dos médicos é de responsabilidade da empresa, que tem suas regras e exigências em relação a horários e comprometimento no atendimento, resolvendo dessa forma graves problemas que vinha acontecendo com pacientes e até funcionários do hospital, que segundo a diretora, muitos estão passando por tratamentos psicológicos. “Estamos buscando um atendimento mais humanizado aos pacientes e à nossa equipe”.
NOVO PROFISSIONAIS. Outra grande vantagem desta terceirização, é que a Santa Casa passará a contar com pediatra e um diretor clínico, o que era uma necessidade e cuja falta destes profissionais vinha comprometendo a gestão financeira da entidade, que por não conseguir cumprir com algumas exigências de convênios, vinha sendo despontuada e perdendo recursos.
Quando questionada sobre a situação financeira da instituição, a diretora informou que a Santa Casa possui uma dívida de cerca de R$ 3 milhões, sendo R$ 2 milhões com a falta de pagamentos aos médicos. Ela esclareceu que essa dívida está sendo negociada individualmente com cada profissional, e o hospital está buscando recursos através de um empréstimo junto à Caixa Econômica para quitar essas obrigações.
Natalia ainda falou que a contratação da empresa só aconteceu depois de conhecer os serviços que a empresa realiza com outro hospital do Paraná, cujo hospital chegou a passar por uma intervenção, tamanho a dívida que possuía, e que hoje vem se recuperando financeiramente através da gestão da Samais, que naquele hospital terceirizou todos os serviços, enquanto que em Goioerê, será somente a parte clínica. Ela deixou claro que os demais funcionários continuam sob a gestão da diretoria da Santa Casa, que continua administrando o Hospital.
O provedor da Santa Casa, Evaldo Kovalski, também participou da sessão da Câmara e solicitou um voto de confiança dos vereadores, enfatizando que essa mudança tem como objetivo manter e garantir o atendimento à população. “Estamos confiantes na terceirização dos serviços médicos e acreditamos que esse projeto terá sucesso, fazendo com que a Santa Casa recupere sua reputação perante a comunidade”, declarou.
Os vereadores se mostraram satisfeitos com as explicações fornecidas e afirmaram que darão um voto de confiança à terceirização, acompanhando de perto todo o processo e a qualidade do atendimento médico à população.
Apesar do contrato com a Samais ter um prazo de um ano, a diretoria do hospital, em seu contrato, colocou uma clausula que em 6 meses será feito uma avaliação dos serviços e se a empresa não estiver cumprindo com o que foi acordado, o contrato será reavaliado.