Após reunião com o Ministério Público e com o Governo Estadual, na semana passada, os prefeitos da Associação dos Municípios de Entre Rios (Amerios) se reuniram ontem à tarde em Umuarama e decidiram manter na região, ao pé da letra, o decreto 4.388/2020 do Governo Estadual em relação às atividades religiosas. Ou seja, as igrejas não podem abrir para celebrações, apenas para aconselhamento individual.
Em Umuarama, as igrejas já estão fechadas faz tempo. Mas na região vários municípios permitiram a reabertura para celebrações com redução na capacidade. São os casos, por exemplo, de Cruzeiro do Oeste, Icaraíma, Cafezal do Sul, Iporã, Mariluz e outras. Mas as aglomerações não poderão mais ocorrer, até um novo decreto sair. A medida estadual não restringe a abertura de igrejas e templos, mas recomenda a adoção de meios virtuais nos casos de reunião coletiva. Os atos religiosos, determina o decreto, devem seguir as orientações da Secretaria de Estado da Saúde e do Ministério da Saúde.
O presidente da Amerios, Marcio Marcolino, prefeito de Brasilândia do Sul, destacou a importância do diálogo entre os prefeitos e o Ministério Público, principalmente, nas pessoas dos promotores Marcos Faleiros, de Umuarama, Mário Augusto, de Xambrê. A orientação da promotoria de Justiça estadual é para manter as igrejas sem aglomerações de pessoas, uma medida considerada essencial para evitar a transmissão do coronavírus.
A decisão de manter as igrejas fechadas foi unânimes entre os prefeitos e evita ações judiciais dos promotores. “É hora de união e de compreensão para suportar mais uns dias e vencer essa pandemia”, diz o presidente da Amerios. Na avaliação dele, a região da Amerios está indo muito bem nas medidas restritivas e não pode relaxar agora. “Isso poderia comprometer todo um trabalho que vem sendo realizado há semanas”,disse.
A reabertura das igrejas vai depender de novo decreto do Governo Estadual e isso não tem prazo para ocorrer.
Bares e lanchonetes
Outro assunto em pauta foram os bares e lanchonetes, principalmente aqueles que estão permitindo aglomerações em seus estabelecimentos. O problema é que muitos deles estão seguindo as orientações e mantendo o distanciamento social e horário de fechamento. Os prefeitos vão fiscalizar e punir com mais rigor quem desobedecer as recomendações. “Punir todos seria o mesmo que punir quem está trabalhando certo”. Por isso, vão permitir os bares e lanchonetes abertos mais um pouco. Se a situação se agravar, eles podem ser alvos de novos decretos de fechamento.