Em Umuarama, no Noroeste do estado, duas sentenças foram proferidas pela Justiça em ações penais movidas pelo Ministério Público do Paraná contra quatro réus, no âmbito da Operação Metástase. Os réus foram condenados a penas que variam de 5 anos e 3 meses de reclusão a 11 anos, 9 meses e 25 dias de reclusão pela prática dos crimes de peculato e lavagem de capitais.
Deflagrada em junho de 2021, a Operação Metástase foi executada pelo MPPR por meio do núcleo de Umuarama do Grupo Especializado na Proteção do Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria) e pelo núcleo de Cascavel do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A investigação visou desarticular organização criminosa responsável por desvios de recursos públicos na área da saúde em Umuarama e resultou no ajuizamento de oito ações penais.
Condenações – A primeira sentença condenou três réus, incluindo o então presidente e administrador do Hospital e Maternidade Norospar (Associação Beneficente de Saúde do Noroeste do Paraná), que terá que cumprir pena de 11 anos, 9 meses e 25 dias de reclusão em regime inicialmente fechado, além do pagamento de 245 dias-multa, pelos crimes de peculato (praticado 34 vezes) e lavagem de capitais. Os outros dois foram condenados a 9 anos e 7 meses de reclusão em regime inicial fechado e ao pagamento de 231 dias-multa, também pela prática de peculato (34 vezes). Os três foram sentenciados ainda ao pagamento de indenização no valor mínimo de R$ 748.526,72.
A segunda sentença condenou dois réus, entre eles, novamente o então presidente da Associação, ao cumprimento de outros 5 anos e 3 meses de reclusão em regime semiaberto e ao pagamento de 112 dias-multa, pela prática do crime de peculato, por duas vezes.