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Notícias / Polícia Empresária brasileira encontra bebê em sacola e quer adotar a criança

quarta-feira, 3 fevereiro de 2021.

Bebê encontrada em sacola no MS – Foto: reprodução / MidiaMax

Uma empresária brasileira de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, encontrou um bebê dentro de uma sacola plástica na porta da casa dela e quer adotar a menina.

Kely Zerial, de 37 anos, resgatou a criança recém-nascida na última sexta, 29. Ela já entrou com pedido de guarda.

O curioso é que Kely estava começando um tratamento para poder engravidar.

“Já encaminhei as documentações com advogado e já estamos fazendo o procedimento para adotá-la […] O que senti naquele dia foi algo especial, muito forte e maternal, mexeu comigo. Não tem como descrever […] Foi o dia todo de correria entre posto de saúde, hospital e polícia, só parei à noite”, contou Kely Zerial ao MidiaMax.

O resgate. Ela disse que na sexta-feira, logo cedo, percebeu uma inquietação dos cachorros, que latiam muito. Depois Kely ouviu uma pancada no portão.

Ela pegou as chaves e foi verificar o que estava acontecendo. No caminho, ouviu o interfone tocar e voltou para atender. Era a vizinha alertando sobre a sacola com um bebê na frente do imóvel.

Ao se aproximar, Kely viu a recém nascida lá dentro: “Fiquei em choque, com o corpo mole, por uns momentos sem reação”, lembra.

Ela resgatou a criança e levou para dentro de casa: “Eu vi que tinha muito sangue, e comecei a verificar se ela estava bem. Fui olhando os dedinhos e os pezinhos”.

Kely acredita que a mãe havia acabado de dar à luz, já que a criança ainda estava com cordão umbilical e manchada de sangue.

Enquanto limpava a bebê, a empresária ligou para o Conselho Tutelar e para a polícia.

Em seguida, levou a menina ao posto de saúde do Tiradentes, para os primeiros socorros. De lá, a criança foi transferida para o Hospital Universitário.

De acordo com os médicos, a menina é extremamente saudável e passa bem.

Agora ela está sob os cuidados de um abrigo.

Não julgar. A empresária disse que, apesar da gravidade do ato de abandono, a mãe não deve ser julgada pela sociedade de forma precipitada, sem antes ser ouvida.

“Ninguém sabe o que aconteceu com essa mulher, ninguém sabe o desespero dela. Ninguém sabe se foi vítima de abuso, se foi estuprada, se era alguma adolescente. Sabemos que ela certamente estava desamparada, em situação de vulnerabilidade”.

A mãe biológica ainda não foi identificada.

A única certeza é de que Kely quer adotar a menina. ( MidiaMax)

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