Publicidade
Publicidade

Notícias / Geral Estado e municípios do Paraná levantam os efeitos da chuva nas lavouras e estradas rurais

terça-feira, 31 outubro de 2023.

Em Nova Cantú o prefeito decretou calamidade

O governo do Estado irá trabalhar em parceria com os municípios na recuperação da área rural do Paraná atingida pelas fortes chuvas dos últimos dias. Técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), da Defesa Civil e das prefeituras municipais estão a campo para um levantamento sobre as perdas que se estendem na infraestrutura, particularmente relacionada ao tráfego, além da produção agropecuária.

CLIQUE E FIQUE BEM INFORMADO

 

Neste período do ano, nas regiões Sul, Centro-Sul e Sudoeste, que estão sendo mais castigadas com os temporais, produtores de trigo e cevada realizam a colheita. Até o início da semana passada tinham sido colhidos 84% dos 1,4 milhão de hectares de trigo e 17% dos 87,3 mil hectares de cevada. O maior risco para os produtores é a quebra na produção e na qualidade do produto.

Nessa mesma região, o plantio das safras de soja, milho e feijão, entre as principais culturas, também está concentrando a atenção dos produtores. Há uma semana o milho tinha 91% dos 314 mil hectares já semeados, o feijão estendia-se por 79% dos 11,4 mil hectares previstos, enquanto a soja havia sido plantada em 58% dos 5,8 milhões de hectares.

As chuvas volumosas podem exigir replantio ou nova colocação de adubo, o que aumenta os custos de produção nas áreas que exigirem esse manejo. Em outras regiões, a grande umidade do solo pode manter as raízes encharcadas, podendo posteriormente ter reflexo negativo na produção.

“Há um nível de perda que a gente considera ruim, difícil e elevado”, afirmou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.  “Boa parte dos agricultores não faz seguro, não tem a proteção, mas há procedimento previsto no manual de crédito rural, e estamos abertos para construir alguma forma de parceria”.

Segundo Ortigara, o governo está definindo critérios para ajudar os municípios, especialmente aqueles que tiveram situação de emergência decretada e reconhecida. “Precisamos rapidamente minimizar um pouco os sacrifícios que têm sido feitos, especialmente na trafegabilidade no meio rural”, disse. O governo também definirá o volume de recursos a serem investidos no trabalho, que será efetivado assim que for possível colocar o maquinário no campo. “Isso faz bem para a economia local e para as pessoas, por isso faremos as parcerias para ter procedimentos mais simplificados e ágeis”, afirmou o secretário.

TORNADO – As chuvas que continuavam nesta segunda-feira (30) em várias regiões impediram levantamento mais completo e o deslocamento de muitos técnicos a campo para observarem os estragos. Preliminarmente, o Núcleo Regional de Dois Vizinhos, na região central do Estado, apontou que aviários e barracões foram atingidos no interior desse município.

Em Boa Esperança do Iguaçu, Nova Esperança do Sudoeste e Nova Prata do Iguaçu, estradas rurais, cabeceiras de pontes e bueiros foram danificados. Cruzeiro do Iguaçu teve duas pontes levadas pela enxurrada, outras duas ficaram quebradas e cerca de 40 quilômetros de estradas cascalhadas ficaram intransitáveis, enquanto São Jorge do Oeste teve três pontes danificadas.

No Núcleo de Jacarezinho, no Norte Pioneiro, a maior consequência para a agricultura é o atraso no plantio das lavouras de verão, principalmente a soja, que está com 55% das lavouras semeadas. No sábado (28) um tornado, com ventos entre 150 e 210 km por hora, de acordo com o Simepar, atingiu o município de São José da Boa Vista.

Entre os diversos estragos no setor rural, a cobertura do galpão da Cooperativa Agropecuária Familiar do Leste Pioneiro (Coaflep) foi destruída, prejudicando produtores de leite, e um caminhão foi tombado pela força do vento.

BONS VOLUMES – No Núcleo Regional de Laranjeiras do Sul, no Centro-Sul, a derrubada de pontes também foi verificada, o que deixou algumas comunidades isoladas. A região de Cornélio Procópio, no Norte paranaense, recebeu volume de chuvas considerado benéfico para a agricultura, ainda que tenha havido precipitação de granizo no município de Cornélio Procópio e em Leópolis.

Também no Norte, o Núcleo Regional de Londrina teve chuvas em quantidade propícia e bem distribuídas para ajudar nas atividades de campo. Em Apucarana, igualmente no Norte, as chuvas foram de intensidade média, mas bem distribuídas, sem causar danos. O Núcleo Regional de Maringá observou chuvas em condições normais em todos os municípios.

No Núcleo Regional de Cianorte, no Noroeste do Paraná, as chuvas ficaram dentro da normalidade para o período, ajudando inclusive a intensificar o plantio das culturas de verão. O mesmo aconteceu em Paranavaí, na mesma região. No núcleo de Umuarama, as precipitações chegaram a 250 milímetros em dois dias em Iporã, prejudicando principalmente as lavouras de soja. Os técnicos também relataram, em levantamento preliminar, estragos em estradas rurais e surgimento de erosões laminares e em sulcos, o que compromete tratos culturais na soja e mandioca.

No Núcleo de Campo Mourão, os relatos são de destelhamento de aviário em Araruna e prejuízos particularmente em estradas rurais.

SUDOESTE E OESTE – No Núcleo Regional de Francisco Beltrão, o município de Ampére apresentou perdas de 91 mil sacas de soja, 16,6 mil sacas de milho, 16 mil litros de leite e 5 mil quilos de peixes. Vários municípios estão relatando estragos em estradas rurais, muitos danos em lavouras recém-plantadas, que provavelmente precisarão de replantio, e erosão.

Em Pato Branco, os relatos são de problemas principalmente em estradas rurais. Dos 21,7 mil quilômetros em 15 municípios que fazem parte do Núcleo Regional, 12,6 mil tiveram algum tipo de estrago. No Núcleo de Cascavel, no Oeste, os levantamentos ainda estavam sendo feitos na tarde desta segunda-feira. Santa Lúcia e Itaipulândia já registraram que os danos foram grandes nas lavouras, mas a extensão ainda não foi contabilizada. Na vizinha Toledo, os técnicos não observaram estragos até o momento.

CURITIBA E CAMPOS GERAIS – O Núcleo Regional de Curitiba reportou 546 milímetros de chuvas em outubro, quando a média histórica chegava a 149,6 milímetros. Com isso, houve muitos alagamentos e piora das condições do solo, registrando-se erosões e paralisação de atividades no campo.

No Núcleo de Ponta Grossa, os ventos de sábado (28) arrancaram as estruturas de barracões de duas leiterias em Arapoti, danificaram maquinários e obrigaram o sacrifício de alguns animais. Lavouras de eucalipto também foram afetadas.

Em Ortigueira, levantamento preliminar aponta perda de 80% em olericultura a céu aberto, 70% em qualidade do trigo, 10% da produção de leite e 30% em mel. Porto Amazonas calcula que foram prejudicados pelas chuvas 50 hectares de feijão e 250 hectares de trigo, além de replantio em 100 hectares de soja.

CULTURAS DE INVERNO – No Núcleo de Guarapuava, um dos principais produtores de culturas de inverno, os estragos foram grandes, ainda que não haja relatório definitivo. A estimativa é que haja redução significativa na produtividade da cevada, trigo e aveia. As culturas de verão terão mais atraso no plantio. Além disso, as erosões começam a ser observadas tanto em áreas plantadas quanto a plantar. Os problemas nas estradas prejudicam o transporte de leite e animais.

Na região de Pitanga, no Centro do Estado, há muitos estragos registrados na zona rural, mas ainda sem levantamento específico. Em algumas localidades, como Mato Rico, há comunidades isoladas em função dos estragos nas estradas, maior problema relatado até o momento em todo o núcleo.

O Núcleo de Ivaiporã, no Vale do Rio Ivaí, relatou problemas graves de inundações, queda de granizo e estragos em estradas rurais. Irati, no Sul do Estado, registrou rompimento de pontes e acúmulo de água nas estradas. Já a regional de Paranaguá apontou problemas para os produtores de hortaliças, que não conseguem plantar. O controle de doenças nas bananas também está prejudicado.

O Núcleo de União da Vitória já vinha sofrendo há dias com as inundações. Neste fim de semana, o nível do Rio Iguaçu elevou-se ainda mais. Com isso, pequenos produtores perderam praticamente toda a produção de hortaliças, além de outras culturas.

 

Publicidade
domsegterquaquisexsáb
   1234
19202122232425
262728293031 
       
282930    
       
     12
31      
    123
2526272829  
       
28293031   
       
     12
31      
   1234
2627282930  
       
293031    
       
     12
       
      1
3031     
      1
30      
   1234
262728    
       
  12345
2728     
       
28      
       
      1
       
     12
2425262728  
       
      1
3031     
     12
24252627282930
       
  12345
2728293031  
       
2930     
       
    123
25262728293031
       
    123
18192021222324
25262728   
       
 123456
78910111213
21222324252627
28293031   
       
     12
10111213141516
17181920212223
24252627282930
31      
   1234
567891011
12131415161718
19202122232425
2627282930  
       
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
293031    
       
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930
       
  12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
2728293031  
       
      1
9101112131415
23242526272829
3031     
    123
252627282930 
       
 123456
14151617181920
21222324252627
28293031   
       
      1
9101112131415
16171819202122
23242526272829
30      
   1234
567891011
       
   1234
12131415161718
19202122232425
262728    
       
293031    
       
    123
11121314151617
       
  12345
13141516171819
27282930   
       
      1
23242526272829
3031     
    123
18192021222324
252627282930 
       
28293031   
       
   1234
567891011
       
     12
3456789
17181920212223