Os estudos aplicados no CPA (Centro de Pesquisa Agrícola) estiveram em foco no 1º Seminário Técnico Digital da Copacol, com transmissão direta aos cooperados. A live trouxe resultados de experimentos relacionados ao manejo de daninhas resistentes nos cultivos de soja e milho que auxiliarão os produtores nas próximas safras.
A mediação entre os associados e o engenheiro agrônomo formado pela Universidade de Passo Fundo e pesquisador do CPA Copacol, João Roy, foi feita pelo também pesquisador, engenheiro agrônomo e gerente técnico Copacol, Tiago Madalosso. “Nosso objetivo é levar informações técnicas relevantes sobre as produções do CPA. Em função do período da pandemia decidimos pela transmissão pela internet, que possibilita uma ligação entre o cooperado e nossos pesquisadores”, explica Madalosso.
O CPA Copacol, instalado em Cafelândia, na PR-180, possui 84 hectares onde são conduzidas mais de 10 mil parcelas experimentais por ano, além de mais 6 mil análises de controle de qualidade de semente e de fertilizantes por ano, incluindo testes de germinação, vigor, tetrazólio e sanidade das sementes, testes de resistência de pragas e doenças, e aferição dos níveis de nutrientes dos fertilizantes comercializados.
Entre os testes desenvolvidos ao longo do ano passado foi apresentado o resultado de diferentes manejos de ervas daninhas nas culturas. Em primeira mão, os cooperados tiveram acesso aos dados coletados, e entre as dezenas de constatações os pesquisadores apontaram que o manejo inicial representa maior produtividade e redução de custos.
Em experimentos com a Buva, com a aplicação sequencial de herbicida na fase inicial, a eliminação superou os 89% na área experimental; quando a aplicação é feita apenas uma vez, a eliminação fica entre 63% e 84%. Já na Buva grande, a aplicação sequencial varia entre 63% e 78% de eliminação – quando é apenas uma aplicação a eficiência fica entre 65% e 78%. “Observamos que muitas vezes ocorre a aplicação atrasada de herbicidas. Além disso, a baixa rotatividade de produtos e a monocultura [soja e milho] dificultam o controle das daninhas. O manejo na fase inicial é interessante, dá segurança de controle maior. É preciso aplicar na fase inicial, ter uma rotação de culturas e herbicidas, além do uso de pré-emergentes, que são muito importantes”, afirma Roy.
As daninhas mais comuns nas lavouras são Buva, Capim Amargoso, Trapoeraba, Picão, Leiteiro, Caruru, Capim Pé de Galinha e o Milho Voluntário – popularmente conhecidas desta forma.
Durante a transmissão, os cooperados participaram enviando dúvidas existentes nas propriedades e que foram esclarecidas com o propósito de garantir melhores resultados nas plantações. A transmissão também serviu como norteador para a próxima safra. “Com elevação dos custos com defensivos, logo após a colheita de milho é importante fazer o manejo antecipado, com isso o resultado é economia e maior produtividade”, orienta Madalosso.
Nossos cooperados registraram o momento em que acompanhavam a transmissão: muitos concentrados, em seus celulares e computadores. Outros preferiram dividir o conhecimento com familiares.