Depois de um falso juiz que agia na região, uma falsa psicóloga foi presa em C. Mourão
A prefeitura de Campo Mourão emitiu nota nesta manhã, informando que a mulher denunciada como falsa psicóloga, de iniciais G. de O. S. de L., não tem qualquer vínculo profissional com o município. Ela está sendo investigada pela polícia por se passar por uma psicóloga e atender clientes no município, utilizando registro de uma profissional do Rio Grande do Sul, do mesmo nome.
De acordo com as informações apuradas pela Polícia Civil, ela assinou um atestado fazendo uso de um carimbo com o registro profissional da psicóloga do Rio Grande do Sul.
Em entrevista ao Tasabendo.com, a secretária municipal de Cultura, Marley Formentini, declarou que ela atendeu gratuitamente três servidores da Fundação Cultural, mas por solicitação dos próprios servidores. “Esses servidores a procuraram por conta própria”, disse Marley.
A secretária relatou que G. de O. S. de L. atuava também na Associação dos Autistas da Comcam com serviços voluntários. “Ela auxiliava, com orientação a quem precisava, dentro da Fundacam, mas voluntariamente. Nunca emitiu nenhum atestado. Se isso ocorreu, foi por meio da clínica onde ela atendia. As pessoas não se inteiram do assunto e já acham que ela era funcionária, contratada sem o CRP (Conselho Regional de Psicologia) pelo município. Até trabalhamos, mas com alunos da Unicampo, como estagiários, por meio de um contrato de parceria”, explica.
Regiane Rodrigues da Costa, servidora do município e que atua na Fundacam, disse que sua filha adolescente foi atendida por G. de O. S. de L. “Como muitos adolescentes, minha filha passou por um momento complicado de se automutilar e então ela (a acusada) fez o atendimento, o qual considerei muito bom. Minha filha, inclusive, tatuou depois um ramo sobre os ferimentos que tinha no braço. Ela é uma pessoa muita boa, atende muito bem, mas eu fiquei decepcionada com essa situação. Alguma coisa errada com certeza tem por trás de tudo isso”, disse Regiane.
O caso foi denunciado ao Ministério Público por outra mulher que trabalha em seu consultório. O delegado-chefe da 16ª SDP, Nilson Rodrigues da Silva já iniciou as investigações e ouviu algumas pessoas. A suposta falsa psicóloga preferiu permanecer em silêncio na delegacia.
O Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR) informou que o nome de G. de O. S. de L., não consta no cadastro Nacional de Psicólogos. (Ta Sabendo)