O homem trabalhava em Reserva, nos Campos Gerais; a farsa foi descoberta após ele se negar a transportar uma criança
A Polícia Civil está à procura de um homem que atuava como médico terceirizado na Prefeitura de Reserva, nos Campos Gerais do Paraná. Ele usava um nome falso e o número de Conselho Regional de Medicina (CRM) de um profissional de Curitiba, que tinha um nome parecido com o seu, para cometer o crime.
Conforme o município, o falso médico fazia o transporte de pacientes em ambulâncias e recebia R$ 1.500 por plantão. A farsa só foi descoberta após ele se negar a realizar o transporte de uma criança e levantar suspeitas sobre a veracidade de sua formação como profissional de saúde.
Para os investigadores, a negativa pode ter ocorrido por medo de colocar a vida do paciente em risco. No entanto, o suspeito fugiu antes que a situação pudesse ser esclarecida. Ele já foi identificado, mas ainda não pôde ser localizado.
Ainda conforme a polícia, o médico que atua na capital e teve os documentos usados pelo suspeito, provavelmente, não tem conhecimento da situação. A empresa terceirizada para qual o golpista trabalhava também será investigada. O intuito é descobrir se a farsa era de conhecimento dos responsáveis ou não.
De acordo com o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), a entidade abriu um procedimento para apurar as circunstâncias em que houve a contratação do falso médico. “Amparado pela legislação vigente, o Conselho sempre reitera aos diretores técnicos e clínicos de todas as instituições que, no ato de contratações, sejam diretas ou por intermédio de terceirizadas, certifiquem-se acerca de regularidade da inscrição dos profissionais, o que pode ser feito inclusive com consulta à autarquia sobre a autenticidade documental e de fotografia. O Conselho ainda orienta para que, no momento da contratação, sejam exigidos os documentos originais imprescindíveis para o exercício da Medicina”, diz parte da nota enviada pelo CRM-PR.
Fonte: RicMais