Mais de seis toneladas de defensivos agrícolas ilegais foram apreendidos no Paraná, entre os dias 4 e 8 de novembro. Até o momento, nove pessoas foram presas em flagrante. As ações decorrem da Operação Westcida, coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A operação foi deflagrada com o objetivo de “fiscalizar de forma integrada a receptação, o depósito e o uso de agrotóxicos ilegais (sem registro, contrabandeados e falsificados), e produtos sem origem ou roubados, em propriedades rurais, fronteira internacional, pontos de ingresso, rodovias, depósitos e comerciantes no estado do Paraná”, informou, por meio de nota, o Mapa.
Ao todo, 440 propriedades rurais, 17 comerciantes e 1.193 veículos foram fiscalizados. O foco da operação foi a Região Oeste/Sudoeste, onde seis ações de fiscalizações resultaram na aplicação de 35 autuações. Dessas, 34 para produtores rurais por uso, armazenamento e importação de agrotóxico ilegal. Um comerciante foi autuado por armazenamento e comércio de agrotóxico ilegal.
De acordo com o Mapa, 10% das propriedades rurais fiscalizadas foram flagradas com defensivos ilegais. No entanto, de acordo com os integrantes da operação, indícios de embalagens vazias queimadas apontam para a possibilidade desse percentual ser ainda maior.
“A fiscalização constatou que existe na região um esquema de comércio ilegal de agrotóxicos vencidos e também de produtos roubados, que será investigado no decorrer das análises de documentos e provas apreendidas”, informou o Mapa.
A operação mobilizou 180 pessoas, divididas em 24 equipes. Além de apreender 6.197 quilos de defensivos ilegais, as autoridades aplicaram R$ 1 milhão em multas. Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, em meio a 60 denúncias de uso e comércio de agrotóxicos ilegais. Além disso, foram fiscalizadas 27 barreiras fixas e móveis em rodovias, bem como pontos de ingresso na fronteira com o Paraguai.
O ministério alerta que, por não serem registrados no Brasil, os defensivos agrícolas ilegais não seguem as diretrizes e exigências das autoridades brasileiras. “Por isso, representam prejuízos ao agricultor pela baixa eficácia, além de causar danos ao meio ambiente, à saúde do aplicador e do consumidor”.