No primeiro ensaio, divulgado em meados de 2018, Rebecca aparecia em meio a natureza, com um grande urso de pelúcia e sem cabelos devido ao tratamento. Na última segunda-feira (13), Myka divulgou as imagens que mostram como Rebecca está após se recuperar do transplante de medula óssea. Já com cachinhos nos cabelos, a menina novamente foi fotografada na natureza – uma das marcas da profissional.
Junto com as fotos, Myka publicou um relato emocionante de Patriccia Ally, mãe de Rebecca, que narrou todo o período conturbado que a família postou. Patriccia conta desde a descoberta da doença, os momentos de esperança em busca de um doador, até o transplante.
Ao m, a fotógrafa escreveu: “Esse ensaio foi feito para comemorar e mostrar a saúde da Rebecca. Quando a fotografei em 2018, o estado de saúde dela era muito delicado. Por isso, chamei um cinegrafista para filmar o ensaio e ajudar na divulgação para que achassem um doador, que foi encontrado pouco mais de 1 mês mais tarde. Ela foi fotografada para o projeto social Fotografia do Bem, onde retrato crianças especiais e conta suas histórias através do relato da mãe”.
Para acompanhar o trabalho de Myka basta buscar suas redes sociais: www.instagram.com/mykaellacarbonera e www.youtube.com/mykaellacarbonera (conteúdo para fotógrafos).
Confira abaixo o texto de Patricia Ally, mãe de Rebeca:
Foi um sufoco. No momento só pensamos em coisas ruins. Ficamos muito desesperados. Me lembro até hoje de que quando começamos o tratamento, eu perguntei à médica:
“Doutora, ela vai precisar de transplante de medula?”
“Não, mãe. O transplante é só em último caso, pois o índice de mortalidade é muito grande”
Isso nunca saiu da minha cabeça. Quando me dei conta de que ela precisaria de um transplante, o meu mundo caiu.
Eu não sabia ainda como funcionava. Só pensava que precisaria de um doador 100% compatível com a minha filha. No mesmo dia, começamos a procurar um doador pelas redes sociais e página Todos Pela Rebeca nasceu.
Foi uma coisa linda. A minha cidade (Umuarama) se comoveu e muitas pessoas entraram nessa luta com a gente. Alguns meses se passaram e a médica disse que a Rebecca não tinha mais tempo. O transplante deveria ocorrer logo.
Há maior chance de encontrar doador compatível na família, principalmente entre irmãos de sangue. Mas o irmão mais velho, o que deu maior compatibilidade, foi só de 50%. Eu tinha muito medo desses 50% que faltavam.
Um dia, eu estava muito desesperada e fiz um apelo, pedindo por um doador. Estávamos prestes a ir para Curitiba arriscar o transplante através da medula do meu filho, irmão dela. Só precisávamos receber o resultado do exame que confimaria se ela já estava apta para receber a medula, após a última sessão de quimio.
Quinze minutos depois do resultado do exame sair, recebi uma ligação de Curitiba!
“Mãe, prepara tudo e vem. Nós encontramos dois doadores! Um 100% compatível e outro 90%!”
Isso renovou a esperança da família. Chegando lá, ela precisou fazer um bateria de exames e no dia 31 de agosto de 2018, a Rebecca recebeu a medula nova.
Eu só posso agradecer à esse anjo doador. Ele trouxe de volta a alegria à nossa casa.
Hoje ela está super bem, os cabelos voltaram a crescer, ela ama os cachinhos dela.
Nós aprendemos à sermos gratos aos mínimos detalhes, a tomar um café da tarde, reuniões de família…coisas que ficamos tanto tempo sem poder fazer. Hoje tudo é motivo de festa e alegria.
Eu digo para as mães que tenham filhos lutando com alguma enfermidade, que tenham força! Abrimos mão da vida da gente pra salvar a do nosso filho, e por outro lado, temos outros filhos precisando de cuidados. Se eu puder dar um conselho, olha para o seu coraçãoe olhe lá na frente, porque durante a tempestade o que me socorria era pensar na frente, no que vivo hoje; na Rebecca podendo brincar de novo com a terra, tomar banho de chuva…e é isso que vivo hoje, graças à Deus.” – depoimento de uma mãe (Patriccia Ally) (O Bendito)