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Notícias / Goioerê Funcionários da Santa Casa de Goioerê anunciam greve a partir de domingo (23) e realizam protesto nesta quarta-feira (20)

quinta-feira, 20 março de 2025.

Os funcionários da Santa Casa de Misericórdia Maria Antonieta, em Goioerê, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 23 de março, às 7h. A decisão foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária Virtual/Eletrônica realizada na noite desta terça-feira (19), organizada pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Campo Mourão e Região (SINDSAÚDECM).

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O principal motivo da paralisação é o atraso no pagamento dos salários referentes ao mês de fevereiro, que deveriam ter sido quitados até o dia 6 de março. Segundo o sindicato, todas as tentativas de diálogo com a administração da Santa Casa foram esgotadas, sem que uma solução fosse apresentada.

Como forma de protesto, os trabalhadores também realizarão um ato público nesta quarta-feira (20), das 11h às 13h, em frente à Santa Casa. O objetivo é chamar a atenção das autoridades e da população para a grave situação enfrentada pelos profissionais da saúde. A greve, caso ocorra, não afetará setores essenciais, como o centro cirúrgico e a UTI, e nos demais setores será mantido um mínimo de 30% dos funcionários em atividade.

O SINDSAÚDECM ressaltou que a paralisação foi uma medida extrema, tomada após ampla análise dos impactos, mas reforçou que os direitos dos trabalhadores devem ser respeitados. A entidade pede apoio da sociedade e das autoridades para a resolução do impasse.

SITUAÇÃO FINANCEIRA COMPLICADA

A crise financeira enfrentada pelo Hospital Santa Casa de Goioerê pode resultar em uma nova intervenção caso não seja resolvida. Especulações nos bastidores apontam para essa possibilidade antes que a situação se torne insustentável.

De acordo com informações, o problema foi agravado  em fevereiro, quando a Santa Casa não assinou o convênio com a Prefeitura devido a impasses na negociação dos valores. Sem a formalização do acordo, o repasse financeiro da Prefeitura não pôde ser realizado naquele mês.

Diante da falta de recursos, a administração do hospital optou por priorizar o pagamento da classe médica, deixando os demais funcionários sem salário. Embora o convênio tenha sido renovado posteriormente, o déficit acumulado e a ausência do repasse de fevereiro agravaram ainda mais a crise financeira da instituição.

Para quitar o salário atrasado, a diretoria da Santa Casa estaria buscando um empréstimo.

A preocupação  é evitar que o hospital volte a enfrentar uma crise semelhante à que, no passado, levou à terceirização da gestão da entidade para evitar o fechamento. No entanto, a medida acabou gerando ainda mais problemas, resultando na saída da diretoria da Santa Casa e obrigando a Prefeitura a intervir na administração do hospital.