O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, cumpriu nesta terça-feira, 30 de abril, quatro mandados de prisão preventiva contra investigadores da Polícia Civil da delegacia de Guaíra, oeste do estado, e mandados de busca e apreensão em outras cinco cidades paranaenses. Na mesma oportunidade um agente de carceragem foi preso, por porte de munição ilegal.
O delegado e o superintendente da delegacia de Guaíra também estão suspensos temporariamente das funções por ordem judicial. A ação do Gaeco incluiu buscas em 21 locais – 15 em Guaíra e os demais em Altônia, Maringá, Toledo, Marechal Cândido Rondon e Curitiba. Além dos 21 mandados, foram ainda cumpridas buscas na Delegacia de Polícia e no Setor de Carceragem de Guaíra (salas e veículos dos investigados e dos servidores, além de celas de quatro presos) e na Delegacia de Polícia de Cândido Rondon.
As investigações do Gaeco e da Promotoria de Guaíra apuram a existência de organização criminosa, em crimes de corrupção passiva e concussão, ligados a fatos como facilitação de entrada de drogas e celulares na carceragem, facilitação de vaga privilegiada para presos mediante pagamento e acobertamento de atividades criminosas. Todas as medidas foram expedidas pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Guaíra, a pedido do Ministério Público.
Suspensão da posse de arma – Em relação aos seis policiais (os quatro investigadores presos, o delegado e o superintendente suspensos das funções), também foi decretada pela Justiça a suspensão temporária de posse de arma e de aquisição e registro de arma de fogo para posse ou porte. Foi determinada ainda a transferência de um preso que cumpria pena em Guaíra, condenado pela Justiça Federal (ex-policial civil do Mato Grosso do Sul).