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Notícias / Polícia Ginecologista é preso por suspeita de crimes sexuais

segunda-feira, 4 outubro de 2021.

O médico oferecia cirurgia por troca de sexo a pacientes

Ginecologista Nicodemos Júnior, preso suspeito de violação sexual mediante fraude — Foto: Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil registrou 48 denúncias contra o ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, em Goiás. Entre elas está o caso de uma mulher que, ao consultá-lo sobre uma cirurgia íntima, recebeu a proposta de sexo em troca do procedimento, segundo a delegada responsável pelas investigações, Isabella Joy.

O profissional foi preso na quarta-feira (29) e está detido em cela especial após passar por audiência de custódia em Anápolis, a 55 km de Goiânia. A defesa dele afirma que o cliente não cometeu nenhum dos crimes e que pediu a revogação de prisão preventiva.

De acordo com a polícia, o procedimento que o médico ofereceu à paciente é conhecido como ninfoplastia, uma espécie de cirurgia plástica nas partes íntimas da mulher.

“Ele ofereceu que, se ela não quisesse pagar, poderia fazer em troca de sexo, mas ela não aceitou”, disse a delegada.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou, por meio de nota, que “vai apurar o caso e a conduta do médico no exercício profissional”.

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Denúncias e processos
Além das mulheres ouvidas em Goiás, há uma paciente no Pará que também entrou em contato para denunciar o médico por abuso. Segundo a Polícia Civil, ela deve prestar depoimento no próprio estado para dar continuidade às investigações, já que, no caso dela, o crime aconteceu lá.

Há ainda um caso no Distrito Federal em que o médico foi condenado por violação sexual mediante fraude. No entanto, ele não foi preso. Outra denúncia feita contra ele no Paraná pelo mesmo crime foi arquivada por falta de provas, também de acordo com as investigações.

Em Goiás, o médico deve ser indicado por:

45 violações sexuais mediante fraude – por usar a posição de médico para cometer abusos;
2 importunações sexuais – por causa de atos libidinosos;
1 estupro de vulnerável – no caso da jovem Kethlen Carneiro, que denunciou que foi vítima do médico quando tinha 12 anos (em 2013).

Fonte: G1

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