O mutirão de combate à dengue, que será desencadeado a partir desta quarta-feira (18) em todo o Paraná, foi o tema da reunião do governador com o secretariado, nesta terça-feira (17), no Palácio Iguaçu. Organizado pelo Governo, o mutirão envolve órgãos estaduais e sociedade civil para fortalecer iniciativas para controlar a doença nos municípios paranaenses, especialmente naqueles já classificados como em situação de epidemia.
O momento é preocupante porque, de acordo com o boletim semanal epidemiológico divulgado na terça-feira (10) pela Secretaria de Estado da Saúde, o Paraná registra 2.631 casos confirmados – que representa aumento de 2.500% em relação ao mesmo período do ano passado.
O boletim mais recente, divulgado nesta terça-feira (17), registra um total de 3.293 casos confirmados da doença desde 28 de julho deste ano até agora. Em uma semana foram 662 casos a mais, com incremento de 25,16% em relação ao boletim anterior.
A intenção, destacou Ratinho Junior, é mobilizar todo o Paraná em uma grande campanha de orientação e prevenção, além de atividades como palestras informativas e ações de campo em busca de criadouros do mosquito Aedes aegypti nas mais diferentes regiões do Estado.
“Faremos um grande trabalho de enfrentamento, com todos mobilizados para conter a dengue. A população precisa ser alertada, informada, para que tenhamos o menor número possível da doença aqui no Paraná”, afirmou o governador.
O chefe da Casa Civil e um dos idealizadores do mutirão, Guto Silva, lembrou que a campanha da dengue neste ano é diferente, especialmente porque indicadores da Secretaria da Saúde apontam para uma epidemia da doença. “O mosquito está mais resistente, então se trata de uma dengue diferente”, disse. “O Estado está fazendo sua parte. É o Paraná na luta contra a dengue”, completou Silva.
INTERVENÇÕES – O Governo do Estado mobilizou toda a sua estrutura para ações integradas nesta quarta-feira. Haverá varreduras em busca de focos do mosquito Aedes aegypti; apontamento de situações de risco, distribuição de materiais explicativos, além de mutirões de limpeza
A força-tarefa contará também com a colaboração de diversos setores da sociedade civil organizada, como instituições religiosas, entidades representativas dos setores produtivos, Associação dos Municípios do Paraná (AM).
BOLETIM – O caso que requer maior atenção no Paraná é do município de Nova Cantu, na região Centro-Oeste. A cidade, com cerca de 7 mil habitantes, tem 283 casos de dengue e duas mortes confirmadas. “É um número preocupante, muitas cidades vivem epidemia de dengue, e só com a participação da população vamos reduzir esses casos”, disse o secretário da Saúde, Beto Preto. “Os municípios são essenciais nesta guerra. Serão replicadores das ações e das informações”, acrescentou.
Além de Nova Cantu, outros 9 municípios estão em situação de epidemia: Quinta do Sol, Inajá, Santa Isabel do Ivaí, Ângulo, Colorado, Floraí, Uniflor, Doutor Camargo e Florestópolis. Há outras cidades ainda em situação de alerta: Lindoeste, Juranda, Douradina, Cianorte, Indianópolis, São Carlos do Ivaí, Flórida, Munhoz de Mello, Leópolis, Uraí, Jesuítas, Diamante do Norte, Paranacity e Sertaneja.
PRESENÇAS – Participaram da reunião do secretariado o prefeito de Maringá, Ulisses Maia; o ex-prefeito de Goioerê, Beto Costa; o líder do Governo na Assmebleia Legislativa, Hussein Bakri; e os deputados estaduais Tiago Amaral (vice-líder) e Delegado Recalcatti.