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Notícias / Geral Greve dos caminhoneiros pode acontecer sábado, dia 30

terça-feira, 26 março de 2019.

O aumento dos preços do combustível pode desencadear uma nova greve sábado, 30

     Uma nova greve dos caminhoneiros pode começar sábado, 30, devido os preços dos combustíveis comercializados nos postos de todo o país fecharam a última semana em alta. A gasolina teve seu quarto aumento semanal seguido, e o preço médio já subiu 3,5% em um mês. Diesel e etanol subiram pela quinta semana consecutiva e as altas acumuladas são, respectivamente, de 2,8% e 8,2% no período. De acordo com os dados da ANP, o etanol subiu em 22 estados brasileiros e a gasolina, em 24.

     O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República já monitora atentamente as primeiras movimentações de caminhoneiros no país em direção a uma nova greve no próximo sábado, 30. A categoria afirma que os compromissos assumidos pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) durante a última paralisação não estão sendo cumpridos.

     As articulações dos caminhoneiros tiveram início em grupos de WhatsApp. Neste momento, o movimento não parece ter a mesma força do ano passado, mas o governo teme que uma nova paralisação possa, aos poucos, tomar grandes proporções e chegar ao potencial explosivo da última greve.

     Segundo o presidente de associações que representam os caminhoneiros, conhecido como Chorão, que se encontrou na semana passada com o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, as demandas da categoria são: o respeito ao piso mínimo da tabela do frete; a implantação de mais pontos de parada e descanso; e uma intervenção do Estado para controlar os aumentos no preço do óleo diesel.

Caminhoneiros apoiam negociação, mas não descartam paralisação

     A alta nos preços dos combustíveis ajuda a aumentar a insatisfação dos caminhoneiros, mas não é o único e nem o principal ponto. Entidades grevistas em 2018 se mostraram apoiadoras do então candidato à Presidência Jair Bolsonaro e hoje questionam o descumprimento de algumas das promessas do governo anterior, que determinaram o fim da greve. Governo e lideranças da categoria buscam entrar em acordo para evitar nova paralisação.

     No Palácio do Planalto, o objetivo é evitar, a todo custo, que qualquer tipo de paralisação aconteça. A ideia é ser mais ágil e efetivo, não deixando que a situação saia de controle, como aconteceu com Temer. Vale lembrar que, além da crise de desabastecimento, uma nova greve dos caminhoneiros também pode atrapalhar a agenda econômica do governo e a tramitação da proposta de reforma da Previdência.

 

 

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