O Grupo Arco Íris de Cidadania entrou com uma ação judicial contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) questionando a ausência da camisa 24 na numeração da Seleção Brasileira.
A “ação de justificação com pedido de explicações” foi entregue nesse domingo (27/6), na 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. “O posicionamento de clubes e confederações de futebol é primordial no combate à homofobia, visto que desmotiva quem acha que o futebol é um espaço de intolerância onde se pode discriminar livremente. Assim, é inadmissível o retrocesso”, consta o documento.
“A CBF tem papel preponderante neste debate. É dela a responsabilidade de mudar esta cultura dentro do futebol. Quando a CBF se exime de participar, a torcida entende que é permitido, que é aceitável, e o posicionamento faz com que, aos poucos, esta cultura mude.”
O grupo ainda incluiu imagens de jogadores de outras seleções sul-americana que vestem a camisa 24 para exemplificar. Eles questionam os seguintes pontos:
A não inclusão do número 24 no uniforme oficial nas competições constitui uma política deliberada da interpelada?
Em caso negativo, qual o motivo da não inclusão do número 24 no uniforme oficial da interpelada?
Qual o departamento dentro da interpelada, que é responsável pela deliberação dos números no uniforme oficial da Seleção?
Quais as pessoas e funcionários da interpelada, que integram este departamento que delibera sobre a definição de números no uniforme oficial?
Existe alguma orientação da Fifa ou da Conmebol sobre o registro de jogadores com o número 24 na camisa?
Na última sexta-feira (25/6), o Uol publicou matéria sobre a ausência da numeração na Seleção Brasileira e chegou a buscar a entidade para um posicionamento. A CBF não respondeu.
Já nesta segunda-feira (28/6), Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, a entidade fez um post afirmando que “o futebol brasileiro não tem espaço para preconceito! A CBF apoia a luta contra a homofobia e a transfobia.”