A Polícia Civil do Paraná prendeu nesta quarta-feira (11) um homem suspeito de colocar fogo em uma vegetação em um terreno baldio em Cascavel, no Oeste do Paraná. A rápida ação das forças de segurança do Paraná faz parte da força-tarefa do Estado para conter ocorrências de incêndios e responsabilizar aqueles que cometem crimes ambientais.
O crime aconteceu na terça-feira (10). Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que o homem inicia a queimada e, após denúncias de pessoas que viram o incêndio e a fumaça, os policiais chegaram, no dia seguinte, até o suspeito de ser o autor do incêndio.
“Ele foi preso em flagrante pelo crime de provocar incêndio em florestas ou outras formas de vegetação. É preciso atuar com rigor neste momento em que o país passa por um período de baixa umidade e altas temperaturas. Este tipo de atitude aumenta o nível de poluição no ar, além de poder causar um incêndio descontrolado nas propriedades vizinhas”, disse o delegado do Grupo de Diligências Especiais de Cascavel, Diego Ribeiro Martins.
Os bombeiros foram chamados, mas as chamas foram controladas antes da chegada da equipe ao local. Mesmo assim, moradores do entorno relataram que a queimada causou rapidamente uma forte fumaça na região, comprometendo a qualidade do ar na área.
FORÇA-TAREFA – O Paraná passa por uma semana crítica para o alto risco de incêndios ambientais. De acordo com o Simepar, até o dia 15 de setembro, o Estado deve registrar baixos níveis de umidade do ar e altas temperaturas, acima da média para o período. Com este cenário, o risco de queimadas aumenta consideravelmente.
Por isso, no início do mês, foi decretado estado de emergência por estiagem em todo o Estado. Entre algumas medidas para enfrentar a situação estão o aporte de R$ 24 milhões para ações de combate a incêndios florestais no Paraná. A força-tarefa prevê a contratação de aeronaves especializadas para combate às chamas, formação de brigadistas, compra de equipamentos (abafadores, mochilas costal e sopradores, por exemplo) e contratação de caminhões-pipa para auxiliar no combate a incêndios.
Além disso, o Instituto Água e Terra (IAT) suspendeu, pelo período de 90 dias, qualquer queima controlada para atividades agrossilvopastoris no Paraná, incluindo o método usado para a despalha de cana-de-açúcar.