Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (12), autoridades da Polícia Civil e Militar de Goioerê revelaram que o autor do assassinato brutal de Moacir Luiz Tavares — morto e decapitado com um machado — não demonstrou arrependimento pelo crime. Segundo a delegada Lorena Vieira, o homem afirmou friamente que não se arrepende do que fez e chegou a relatar com detalhes como cometeu o assassinato. A polícia trabalha segue invrestigando várias hipóteses que poderiam ter motivado o crime, entre elas, de que o crime tenha sido motivado por um surto de fúria após uma briga conjugal, e que está praticamente descartada a ligação com o homicídio cometido por Moacir em 2017, no mesmo local.
O crime chocou pela crueldade: Moacir foi decapitado com um machado, após uma sequência de episódios desencadeados por uma briga conjugal. O autor do crime havia se mudado para o local no dia anterior com a esposa e a filha. A casa em que estavam era alugada de Moacir.
Na quarta-feira, o homem discutiu com a esposa, que saiu da casa com a filha e se abrigou na residência de vizinhos. Segundo relato, ele foi para uma casa onde destruiu o banheiro e o veículo da vítima. Quando Moacir saiu para verificar o que estava acontecendo, foi atacado violentamente. A cabeça da vítima ficou cravada no machado e foi arremessada a cerca de 50 metros do corpo.
A Polícia Militar foi acionada inicialmente por violência doméstica. No local, encontrou o autor com uma faca. Ele não resistiu à prisão, confessou o crime com frieza e mostrou onde estavam o corpo e a cabeça da vítima. Ainda segundo os policiais, ele disse ter fumado maconha, mas a delegada afirma que a quantidade consumida não justifica o surto violento.
Mais chocante ainda foi a declaração do assassino durante o interrogatório: ele demontrou não está arrependido. A delegada Lorena também relatou que, em alguns momentos, ele apresentou falas desconexas, inclusive dizendo que a vítima “mexia com coisas pesadas”, numa possível referência a algo espiritual — hipótese que, por enquanto, não tem respaldo nas investigações.
Apesar de Moacir ter cometido um homicídio em 2017, no mesmo local, a polícia acredita que não se trata de vingança. “Ainda estamos ouvindo testemunhas, mas tudo leva a crer que foi um crime isolado, sem relação com o passado da vítima”, destacou a delegada.
O autor segue preso e o caso segue sob investigação pela Polícia Civil de Goioerê.