O acidente aconteceu na tarde de quarta-feira, 17, a mulher tinha 44 anos morreu no local. O caminhoneiro não parou depois do ocorrido. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou ser possível que o homem não tenha visto a peça se soltar. Ele foi identificado ontem,18.
O dono do caminhão foi ouvido pela Polícia Civil, em um depoimento espontâneo. Ele contou que reconheceu o veículo pelas imagens que viu na televisão e que, ao verificar, percebeu que faltava a peça do freio.
O homem disse que o funcionário não mencionou nada sobre o acidente, nem sobre o problema mecânico. O dono ainda afirmou acreditar que o funcionário não percebeu o que aconteceu.
Roseli Frota de Moraes Sales era professora e coordenadora do curso de agronomia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). O corpo dela foi enterrado na quinta-feira.
O objeto que se desprendeu do caminhão, carregado com toras de madeira, atingiu o para-brisa da caminhonete que Roseli dirigia. A filha da professora, uma menina de seis anos, estava na veículo, mas não se feriu. As duas estavam indo para casa.
Tambor de freio
O policial rodoviário federal José Steinheuser, que atendeu o acidente, disse que a peça que se soltou do caminhão é um tambor de freio.
“É uma peça grande, maciça, muito pesada. No deslocamento, faz com que se tenha estragos de tamanhos gigantescos no veículo que vem no sentido contrário, como nesse caso”, explicou.
Inquérito policial
Na quinta-feira, 18, delegado Tiago Wladyka afirmou que ainda não se podia dizer se o acidente foi causado por falta de manutenção ou se foi uma “mera fatalidade”.
De acordo com o delegado, o inquérito policial vai apontar por quais crimes o caminhoneiro suspeito responderá, podendo ser, conforme o delegado, homicídio culposo ou dolo eventual.