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Lucas Nascimento de Carvalho, de 29 anos, que estava com a adolescente de 16 anos que morreu na quarta-feira (20) após ir com ele até um motel em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, foi solto na manhã desta quinta-feira (21).
O advogado Igor José Ogar, que defende Lucas, explicou que a soltura foi motivada pelo fato da polícia não ter encontrado materialidade de crime, ou seja, nenhum evidência que possa responsabilizá-lo por assassinato, violação ou abuso.
Lucas não quis falar, disse estar muito emocionado e pediu para que seu advogado contasse o que ocorreu.
“Eu estou muito triste, não sei o que falar. Vou deixar para o meu advogado falar no momento. Não estou conseguindo falar porque é um sofrimento muito grande, o meu advogado vai falar, mas logo, logo a gente pode conversar”, declarou o homem que ficou ao lado do defensor durante toda entrevista.
Ogar pontua que Lucas conhecia a família da jovem há cerca de oito anos e que apesar dos dois terem afirmado à mãe de Lívia que iriam ao shopping, eles já haviam combinado a ida ao motel. Além disso, essa seria a primeira vez que os dois saiam juntos sozinhos, mas anteriormente, ele já havia presenteado a adolescente e falado sobre sua intenção em namorar com ela.
“Que eles saíram juntos foi a primeira vez, mas que eles se encontram não, ele já havia dado presentes anteriormente para ela, ele já teve essas oportunidades. Eles falaram em ter um namoro muito forte. O Lucas, ele é apaixonado, ele ama essa adolescente ainda. Inclusive, o Lucas foi muitas vezes na casa da família ao longo desse tempo todo. Não foi pela internet que eles se conheceram, pela internet eles começaram a namorar”, explicou Ogar, que ainda completou dizendo que as idas do rapaz a casa da família eram ligadas ao seu trabalho: “O padrasto dela prestava serviços para ele, com máquinas, escavadeira”.
Conforme o relato do rapaz, Lívia começou a passar mal quando os dois estavam no estabelecimento.
“Foram até esse motel, lá durante toda essas circunstâncias que ocorreram lá, por delicadeza e respeito a família eu vou poupar esses detalhes, ela teve um mal que ele não sabe qual a razão e começou a sangrar muito e desacordou. Nessa ocasião, ele chamou todas as pessoas do estabelecimento para pedir socorro. Essas pessoas vieram, ele conversou com a Polícia Militar e pela demora do deslocamento da polícia, em relação a distância, ele decidiu por bem levar ela até a UPA de Pinhais”, relatou o advogado.
Indagado sobre querer dizer algo aos familiares da jovem, Lucas declarou que não tem nada para falar porque nada poderá mudar o aconteceu.
“Nada vai trazer ela de volta, estou chocado, estou triste, não consegui dormir, nada que eu falar para a família vai trazer ela de volta, nada, nada, nada”, desabafou.
Ainda conforme o defensor, Lucas está colaborando com a polícia e entregou seu celular para que seja periciado e que todas as conversas entre ele e Lívia sejam acessadas. Ogar também fez questão de ressaltar que o próprio Lucas foi até a casa da jovem para buscar a mãe enquanto a menina estava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
A família de Lívia tinha conhecimento sobre o interesse amoroso do homem adulto pela adolescente, mas segundo a mãe Ana Paula Ziamini, eles não aceitavam devido a diferença de idade.
Investigação sobre a morte da adolescente. Lívia morreu na UPA de Pinhais por não resistir a hemorragia. A Polícia Civil aguarda os laudos do Instituto Médico-Legal (IML) que deverão confirmar a causa da morte. (Ricmais)