O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) proibiu por tempo indeterminado a pesca na Bacia Hidrográfica do Rio Piquiri, que corta parte das regiões noroeste, oeste, central e sul do Paraná.
Segundo o IAP, a proibição de qualquer tipo de pesca – exceto a científica – se deu por conta da morte de aproximadamente 50 toneladas de peixes desde o início de fevereiro.
De acordo com Tassiano Cesar Freire Maranhão, chefe-regional do IAP em Toledo, a principal suspeita é a de que devido ao aumento de pescadores amadores nos últimos 10 anos possam ter sido usados grãos com agrotóxicos para a cevar os peixes. “Devem ter sido grãos como soja e milho, revestidos com agrotóxico. A princípio isso ocasionou a mortandade de parte dos peixes”, explica.
Ele conta que das centenas de espécies as mais atingidas foram pacu, piapara e mandi. Além disso, há peixes como o pintado que pode comer as espécies menores que tenham consumido os grãos.
Maranhão afirma que a proibição tem por objetivo garantir a proteção das espécies e também evitar o consumo de peixes que podem estar contaminados.
Ainda de acordo com o IAP, o problema pode ter iniciado no encontro do Rio Cantu com o Piquiri, no oeste do Paraná.
Rio Piquiri
O Rio Piquiri nasce na Serra de São João, entre Turvo e Guarapuava. A extensão é de cerca de 660 quilômetros, passando por mais de 30 municípios.
O Piquiri deságua no Rio Paraná, entre Altônia e Terra Roxa, na região noroeste. O chefe do IAP explica que entre os principais afluentes estão os rios Cantu, Goioerê e Melissa.