Resultados preliminares de exame feito pelo IML (Instituto Médico Legal) e divulgados hoje pela Polícia Civil do Paraná indicam que Eduarda Shigematsu, 11, morreu estrangulada e não enforcada – versão apresentada inicialmente pelo pai da criança, Ricardo Seidi.
“As investigações apontam que se trata de um homicídio”, disse o delegado responsável pelo caso, Ricardo Jorge, da 22ª Subdivisão Policial de Arapongas.
O corpo da menina foi encontrado ontem enterrado na garagem de uma casa desocupada que pertence à família, em Rolândia. Segundo a polícia, Seidi confessou ter ocultado o cadáver e foi preso em flagrante. Ele negou, porém, que tenha matado a menina.
Em depoimento, o pai disse ter encontrado a filha já morta na quarta-feira (24), com uma corda ao pescoço, no quarto da casa onde morava com a avó paterna. Desesperado, ele teria amarrado as mãos e as pernas da menina, colocado o corpo em um veículo e levado até o outro imóvel, onde o enterrou. Ele cobriu o buraco com cimento.
Imagens obtidas pela Polícia Civil mostram que Eduarda chegou em casa às 11h50 da quarta, dia em que desapareceu, e não teria mais saído. Câmeras de segurança também mostram um homem que seria o pai deixando o local por volta de 13h30 em um carro preto e, pouco tempo depois, estacionando o mesmo veículo no local onde o corpo da menina foi localizado. (A polícia não informou a distância entre
as duas casas.)
O delegado diz que segue em busca de mais provas e que deve ouvir novas testemunhas. Seidi está preso preventivamente.