A inflação avançou 0,47% em maio, segundo dados do IPCA divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira. O resultado indica uma desaceleração do indicador em relação ao mês de abril, quando o IPCA registrou alta de 1,06%. Ainda assim, os preços seguem pressionados ao consumidor: em 12 meses, o índice ficou em 11,73%.
O resultado veio ligeiramente abaixo do esperado. Analistas econômicos esperavam alta de 0,60% no mês e 11,84% em 12 meses.
O grupo Habitação foi o único a apresentar queda na passagem de abril para maio, com recuo de 1,70%. O segmento contribuiu para a desaceleração do indicador por conta da queda de 7,95% da energia elétrica residencial, em função do fim da cobrança da bandeira de escassez hídrica, que acrescentava R$ 14,20 no preço final das contas de luz a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.
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Com a vigência da bandeira verde a partir do dia 16 de abril, em que não há cobrança adicional na conta de luz, a energia elétrica residencial teve um impacto de -0,36 ponto percentual sobre o índice.
Perspectivas
Economistas projetam que a inflação encerrará o ano de 2022 perto de 9%, de acordo com a última divulgação do relatório Focus, documento publicado na última segunda-feira pelo Banco Central (BC). Caso seja confirmado, 2022 será o segundo ano seguido em que o Banco Central não consegue cumprir a meta de inflação. O BC já havia admitido em março alta probabilidade de descumprimento da meta.
A meta de inflação deste ano é de 3,5% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p). Em março. Para 2023, a mediana das expectativas aponta para IPCA em 4,39%. A meta para o próximo ano é de 3,25%, com piso de 1,75% e teto de 4,75%.
Fonte: OGlobo