Na manhã dessa terça-feira, 10, o Ministério Público determinou uma ação investigativa e busca e apreensão de documentos, envolvendo uma empresa (Supermercado Bom Preço) de propriedade de Claudinei Carlis.
A ação envolveu busca e apreensão de documentos na residência de Claudinei Carlis, na Câmara Municipal e na residência da funcionária do mercado, Josiane Vasconcelos.
De acordo com informações, a ação do MP deve-se ao fato de que a empresa (mercado) de propriedade do vereador e presidente da Câmara, por força da legislação, está impedida de contratar e participar de licitação com órgãos públicos, no caso a Prefeitura, a Câmara e outros órgãos.
E conforme, o MP, o mercado de Claudinei, foi transferido para uma funcionária da empresa, que seria Josiane Vasconcelos e com isso o nome do vereador não aparecia no contrato social.
A ação do MP, iniciou-se por volta das 6:00 horas, e, fez buscas e apreensão no mercado, na casa da funcionária Josiane Vasconcelos e na Câmara Municipal. A ação foi acompanhada pelos representantes do Ministério Público, e a equipe do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) órgão ligado ao Ministério Público responsável por investigações de combate a crimes organizados na Comarca de Goioerê, tem a frente os Promotores de Justiça, Dr. Guilherme, Simone Berci Françolin e Dr. Edson que acompanharam as ações em Quarto Centenário.
Segundo informações, além das denúncias envolvendo as licitações com o supermercado Bom Preço, a ação do Gaeco envolve outras irregularidades em Quarto Centenário, entre elas, o aterro sanitário.
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flagrante em operação do MPPR que investiga possível fraude em venda de mercado
Em Quarto Centenário, no Centro-Ocidental do estado, o Ministério Público do Paraná, deflagrou nesta terça-feira, 10 de novembro, a Operação Bom Preço, com o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão. Os mandados – obtidos pela 1ª e 2ª Promotorias de Justiça de Goioerê, sede da comarca – foram cumpridos por agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no gabinete do presidente da Câmara Municipal, na sua residência, em um mercado e na residência da suposta dona do mercado. Durante a operação, o vereador foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e munição.
Conforme apurou o MPPR, há indícios de que tenha havido a simulação da venda do mercado, que era de propriedade do vereador – atualmente, concorrente ao cargo de prefeito nas eleições deste ano –, para uma funcionária do estabelecimento que não tinha condições de fazer a compra.
A venda supostamente simulada (por R$ 80 mil em 40 prestações de R$ 2 mil, valor e condições incompatíveis com o faturamento do mercado) teria sido feita um dia antes da diplomação do vereador, com o objetivo de manter contrato de fornecimento que o estabelecimento possuía com o Município e afastar a incidência dos dispositivos constantes da Lei Orgânica do Município de Quarto Centenário e do Regimento Interno da Câmara de Vereadores que proíbem a contratação com o Município de pessoas jurídicas administradas por membros do Poder Legislativo. O mercado recebeu, de 2017 a 2020, mais de R$ 1 milhão em decorrência do contrato.
O MPPR levantou diversos indícios de que a propriedade continua sendo do investigado: permanência do fornecimento de energia elétrica e do endereço eletrônico dele como responsável, uso de veículo de propriedade do investigado para atividades da empresa, inclusive entrega de compras, manutenção de familiares próximos do vereador como funcionários e em cargos de comando da empresa, impossibilidade de a compradora pagar o preço combinado e o fato de a transferência ter sido feita um dia antes da posse do investigado no Legislativo.
Nas buscas, foram apreendidos documentos, anotações, cheques e dinheiro em espécie. Na residência do presidente da Câmara, foram encontrados um revólver calibre 32, uma caixa com 46 munições e R$ 13.138,00 em espécie. (Fonte: mppr.mp.br).
Processo número 0004069-98.2020.8.16.0084.
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