Publicidade
Publicidade

Notícias / Geral Janeiro branco: especialistas destacam ações de cuidado e prevenção com a saúde mental

quarta-feira, 24 janeiro de 2024.

No Brasil, a campanha do Janeiro Branco foi idealizada em 2013 por um grupo de psicólogos mineiros, como uma proposta de abrangência geral no universo da saúde, no comportamento emocional e nas relações interpessoais, para intensificar a promoção da saúde mental.

CLIQUE E FIQUE BEM INFORMADO

O projeto de Lei nº 116/2017 de autoria do deputado Requião Filho (PT), transformado na Lei estadual nº 19.430/2018, que instituiu o Janeiro Branco com o objetivo de trazer, para o plano normativo, a questão da saúde mental a ser priorizada, debatida e estruturada pelas políticas públicas do estado do Paraná em um momento em que as taxas de depressão, ansiedade e suicídio têm crescido de forma exponencial em todo mundo.

O deputado Requião Filho (PT) explicou um pouco sobre a urgência da campanha, especialmente sob os efeitos recentes pós-pandemia. “Essa lei surge para trazer a consciência das pessoas sobre doenças mentais, principalmente a depressão. A depressão que é tratada por alguns como falta de fé ou por outros como falta de trabalho ou de ocupação não é levada a sério. Mas a depressão é uma doença real que atinge milhares de pessoas no Paraná e no Brasil e ela deve ser tratada de forma séria para que as pessoas se sintam encorajadas e tenham a consciência de que depressão não se cura sozinha. É necessária a busca de ajuda profissional e às vezes até mesmo uma ajuda química para vencê-la e se acertar”.

“Hoje em dia, todo mundo publica nas redes sociais só o lado bom, está todo mundo muito feliz, todo mundo muito bem, todo mundo cheio de filtro, com a cara boa, ninguém põe o que deu errado, ninguém coloca aquilo que não deu certo, então as pessoas, principalmente os jovens, se comparam a esses falsos ídolos que são vendidos na internet como perfeitos, e isso a gente precisa combater, é impossível estar 100% do tempo bem. Ninguém trabalha 24 horas por dia, 7 dias por semana sem cometer erros, mas a internet vende essa perfeição, inalcançável, utópica. E isso faz com que uma geração inteira busque algo que eles jamais vão conseguir atingir. Vai gerar frustração, vai gerar também essa ansiedade e pode gerar a depressão. Por isso é importante que a gente traga esse assunto. Para que essa nova geração, que não está tão acostumada a lidar com a frustração, possa tomar consciência de si mesma, antes da mais nada”, explicou o deputado Requião Filho.

Sobre políticas públicas em atenção à saúde mental dos paranaenses, o deputado Requião Filho pontuou que “nós deveríamos ter mais políticas de saúde pública mental no Paraná. Psicólogos nas escolas, nas instituições como a Polícia Militar, a Polícia Civil, dentro da própria área de saúde. O próprio Estado ignora a importância do apoio psicólogo, do apoio de um psicólogo para os seus funcionários. O Estado praticamente ignora essa semana do Janeiro Branco, mas nós fazemos a nossa parte e tentamos, através das próprias redes sociais, que são um dos causadores destes problemas, transformar essas redes em algo positivo”.

Pós-pandemia

O estudo One Year of Covid-19, realizado pelo Instituto Ipsos, apontou que 53% das pessoas entrevistadas dentro de um grupo amostral no Brasil dizem ter piorado a condição mental desde o início da pandemia, e dentre os 30 países participantes da pesquisa, o Brasil ocupou o quinto lugar em relação às maiores consequências da doença na saúde mental da população.

A Ipsos foi a primeira instituição de pesquisa do mundo a aderir ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), com o compromisso de realizar pesquisas voltadas aos direitos humanos, trabalho, ambiente e combate à corrupção.

Desde sua idealização, campanha Janeiro Branco enfatiza ações capazes de promover saúde mental, como políticas públicas específicas para essa área e condições sociais dignas de existência; práticas de exercícios físicos; autoconhecimento; qualidade de vida; contato com a natureza; autonomia; sentidos próprios de vida, entre outros fatores que possam trazer bem-estar.

Para 2024 a campanha nacional escolheu o tema: “A vida pede equilíbrio”, estimulando a melhoria nas relações humanas, o enfrentamento e combate do estigma sobre os adoecimentos mentais e a valorização e fortalecimento de políticas públicas.

Ações preventivas

A doutora Carmela Regina Cabral Brocher, especialista em medicina do trabalho destacou que “a campanha Janeiro Branco é justamente uma referência ao início de um novo ano, onde temos uma página em branco para organizar e planejar todo o ano que se inicia, por isso colocar a saúde mental em prioridade justamente para prevenir outras doenças mais comuns e que muitas vezes são decorrentes da instabilidade mental. Por isso é muito importante a prevenção e assim que sentir algum sinal de sintomas, procurar um profissional adequado”.

O conselheiro e coordenador da Comissão de Comunicação Social do Conselho Regional de Psicologia do Paraná, psicólogo Andrey Santos Souza falou sobre os problemas sociais que têm afetado a estabilidade mental das pessoas atualmente. “Por mais que tenhamos passado pela pandemia, que oficialmente já tenha encerrado, os danos que ficaram do período, afastando as pessoas do contato social, da presencialidade, ainda estão afetando a vida de cada um. Percebemos isso em todos os níveis de ensino, nas redes de trabalho, as pessoas demonstram maior dificuldade de interação simples, e isso às vezes acarreta aí problemas psicológicos, que passam também por outras condições, dificuldades relacionadas à renda das famílias que diminuíram ou a menos acesso à educação, a cultura, outros serviços básicos para a vida humana, então infelizmente os índices de disfunções mentais têm sim aumentado. É importante conscientizar em janeiro, tanto quanto é importante conscientizar o ano todo a respeito disso. O Conselho Federal de Psicologia tem trabalhado com a perspectiva de uma campanha cujo título é Saúde Mental de Janeiro à Janeiro, justamente para que a gente não deixe de lado quando o ano avança, e por entender que são muitas as frentes de atuação, uma vez que todo o sofrimento psicológico é multifatorial, nunca é uma causa única. Quando o incômodo parece já não mais do cotidiano é um alerta para procurar ajuda”.

Alerta vermelho em relação a nossa saúde mental

Os Conselhos Regionais de Medicina e de Psicologia do Paraná, assim como a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) participam da Campanha Janeiro Branco e indicam como saber se estamos bem com a nossa saúde mental.

Na maioria das vezes, dedicamos nosso tempo e pensamentos a elementos externos a nós, dessa forma, esquecemos de olhar para o que mais importa: a nossa vida. Logo, deixamos de praticar o autocuidado e não nos importamos o suficiente com os sentimentos que se encontram dentro de nós.

Para ter uma vida estável é necessário equilíbrio. No entanto, para alcançá-lo precisamos estar atentos às vertentes físicas e mentais do nosso corpo. Nosso psicológico é capaz de nos desestabilizar de diversas maneiras, logo, quando deixamos de cuidar dele, podemos acabar paralisados, sem perspectivas.

O desânimo e a apatia são sintomas significativos e que emergem o indivíduo em uma tristeza profunda. Outra característica é o isolamento, pois a socialização traz efeitos positivos para a psique do indivíduo e a falta dela pode deixar a pessoa deprimida. Quando estamos esgotados psicologicamente somos propensos a ficar mais estressados. Situações que antes eram normais para nós podem se tornar insuportáveis de ser vivenciadas.

Noites mal dormidas e falta de sono podem significar que seus níveis de ansiedade estão mais altos do que o normal. A insônia significa que nosso corpo não se permite descansar por algum motivo, e muitas vezes, ele pode ser psicológico. A falta ou excesso de apetite também pode indicar o descontrole emocional. Enquanto a falta de apetite é comum nos momentos de tristeza e apatia, o excesso pode estar relacionado aos altos níveis de estresse e ansiedade.

Se você se identifica fortemente com algum destes sintomas, talvez seja a hora de procurar por auxílio com algum profissional especializado. Atualmente no estado do Paraná, a Linha de Cuidado em Saúde Mental é composta por diversos equipamentos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). São 153 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), em suas diferentes modalidades, cinco Unidades de Acolhimento (UA), sete Serviços Integrados de Saúde Mental (SIMPR), que é a conjunção de um CAPS AD III e uma UA de âmbito regional.

Publicidade
domsegterquaquisexsáb
   1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031 
       
282930    
       
     12
31      
    123
2526272829  
       
28293031   
       
     12
31      
   1234
2627282930  
       
293031    
       
     12
       
      1
3031     
      1
30      
   1234
262728    
       
  12345
2728     
       
28      
       
      1
       
     12
2425262728  
       
      1
3031     
     12
24252627282930
       
  12345
2728293031  
       
2930     
       
    123
25262728293031
       
    123
18192021222324
25262728   
       
 123456
78910111213
21222324252627
28293031   
       
     12
10111213141516
17181920212223
24252627282930
31      
   1234
567891011
12131415161718
19202122232425
2627282930  
       
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
293031    
       
     12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930
       
  12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
2728293031  
       
      1
9101112131415
23242526272829
3031     
    123
252627282930 
       
 123456
14151617181920
21222324252627
28293031   
       
      1
9101112131415
16171819202122
23242526272829
30      
   1234
567891011
       
   1234
12131415161718
19202122232425
262728    
       
293031    
       
    123
11121314151617
       
  12345
13141516171819
27282930   
       
      1
23242526272829
3031     
    123
18192021222324
252627282930 
       
28293031   
       
   1234
567891011
       
     12
3456789
17181920212223